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Presidente do Iêmen é levado para Arábia Saudita
04/06/2011 | 09:06
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O presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, o primeiro-ministro, Ali Muhammad Mujawar, o presidente do Parlamento, Yahya Ali al-Raie, e o ministro de Assuntos Internos, Sadek Amini Abu Ras, foram transferidos para a Arábia Saudita para tratamento médico. Eles ficaram feridos ontem, quando um projétil atingiu uma mesquita localizada dentro do complexo presidencial da capital do Iêmen, Sanaa.

A condição de Saleh, que foi internado em um hospital militar de Sanaa, é estável. Ele teve ferimentos leves na cabeça. "Não há motivo para preocupação", disse um médico à France Press. O mesmo profissional afirmou que as quatro autoridades iemenitas foram transferidas para a Arábia Saudita porque ali os hospitais são mais bem equipados.

Em uma declaração gravada levada ao ar pela televisão estatal na noite de ontem, o presidente Saleh disse estar bem e que o ataque matou sete pessoas dentro do complexo presidencial. O governador de Sanaa, Noman Duweik, perdeu uma perna e uma mão e está em condições críticas em um hospital da capital.

O governo iemenita atribuiu o ataque ao chefe da oposição tribal, xeque Sadiq al-Ahmar, cujas forças têm enfrentado tropas leais a Saleh.

Os confrontos políticos já mataram várias pessoas nos últimos dias no norte de Sanaa, mas ontem se disseminaram também para o sul da capital. Tropas dispararam contra a casa do xeque al-Ahmar, segundo testemunhas. Os ataques com armas pesadas atingiram também a residência do xeque Hamid, irmão do poderoso al-Ahmar, cujos homens enfrentam as forças de segurança no norte da capital, relataram testemunhas.

Chefes tribais e médicos disseram que 10 pessoas foram mortas e outras 35 ficaram feridas na noite de ontem para hoje durante confrontos em Hassaba, onde fica a base do xeque opositor al-Ahmar.

A violência irrompeu no final de maio, depois de meses de protestos pacíficos contra o presidente Saleh, no poder há 33 anos, e de fracassadas tentativas diplomáticas de retirá-lo da presidência. Os embates já mataram mais de 160 pessoas.

Por causa do agravamento da situação no país, a Alemanha fechou sua embaixada e ordenou a retirada de seus cidadãos residentes no país. "A equipe da embaixada deixará o país imediatamente", disse o Ministério do Exterior alemão em um comunicado. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.




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