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Com crise, Temer pede ‘equilíbrio’ no PMDB
Caio dos Reis
Especial para o Diário
01/08/2015 | 07:38
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O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), criticou o radicalismo no PMDB em evento da legenda em São Paulo. O articulador do governo federal falou que a atual crise política e o momento de “descrença na classe” pedem equilíbrio do partido. As declarações de Temer ocorrem em momento delicado na relação entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o mandatário da Câmara, Eduardo Cunha.

“O que o Brasil precisa é de equilíbrio e moderação. Nós precisamos pensar acima dos partidos e, até mesmo, acima de governo no Brasil. É esse diálogo que tenho tido com vários setores políticos do País, companheiros da oposição e verifico que todos têm essa preocupação com o Brasil”, disse Temer.

Cunha rompeu com o governo após ser acusado pelo delator Júlio Camargo de cobrar propina em contratos da Petrobras investigados pela Operação Lava Jato. Abriu, por exemplo, CPIs indigestas ao Planalto e deu andamento a pedidos de impeachment de Dilma.

Temer também comentou que o momento não é propício para pensar em divisões internas. “Nós estamos passando por fase delicada no Brasil e, essa fase demanda muito equilíbrio. Não podemos radicalizar em nenhum momento.”

Sobre a expectativa de Cunha articular votação da chamada “pauta bomba”, que aumenta despesas e compromete o ajuste fiscal do governo federal, Temer argumentou que todos estão conscientes e cientes do assunto. “(No encontro da Dilma com os governadores) Tive a oportunidade de dizer que acima dos interesses dos Estados ou da União está o interesse do País. Precisamos pensar no País do futuro. Então certas questões não são de governo, são de Estado e interessa a todos.”

ELEIÇÃO
Presidente estadual do PMDB, o deputado federal Baleia Rossi disse que a legenda trabalha para ter candidatura própria no pleito da Capital em 2016. No páreo, o parlamentar colocou quatro nomes: entre eles estão o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e ex-deputado federal Gabriel Chalita, hoje secretário de Educação da gestão Fernando Haddad (PT).

“O PMDB tem várias correntes e a ideia é trabalhar no sentido de ter candidatura majoritária própria. A vontade do partido é ter, mas dependemos da vontade das lideranças também. Acho que se o partido não tiver candidatura, pode perder a força”, alegou Baleia.

No Grande ABC, a legenda tentará a reeleição em Ribeirão Pires e São Caetano, com Saulo Benevides e Paulo Pinheiro, respectivamente. Em Mauá, a deputada estadual Vanessa Damo é pré-candidata ao Paço.

“O que nos norteia é o apoio popular e boa aceitação que tivemos na última pesquisa. Além disso, o mandato como deputada, que nos concede possibilidade de conseguir recursos com o governo do Estado e o elo com o Temer são fundamentais. O cenário é muito positivo”, pontuou Vanessa.




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