Segundo a assessoria de imprensa da presidência, Mahuad emitiu o decreto de suspensao do estado de emergência logo depois de assinar o acordo de nove pontos com os representantes dos movimentos sociais e os líderes indígenas equatorianos, cinco mil deles acampados na capital desde quinta-feira.
A base essencial do acordo tratou do congelamento dos preços dos combustíveis, inclusive do gás de cozinha, até 30 de junho de 2000; da criaçao de um subsídio para as tarifas de energia elétrica para ``os mais pobres'; e do descongelamento de 10% dos depósitos bancários a partir da próxima quarta-feira, entre outros pontos.
O governo pediu aos indígenas, em troca, que acatem uma anistia decretada pelo Parlamento na quinta-feira, para 536 pessoas que foram detidas pela polícia durante a greve nacional dos transportadores, que durou 12 dias e que foi levantada na sexta-feira à tarde, depois de o governo ter revogado aumento dos combustíveis. Os transportadores do Equador suspenderam uma greve que paralisou o país durante 12 dias, ao conseguir que o governo voltasse atrás no aumento de 13,1% nos preços dos combustíveis. Depois de assinar o acordo, que prevê incentivos aos transportadores, o presidente Jamil Mahuad afirmou que o fim da greve é ``uma grande notícia para o povo equatoriano'.
Recentemente, o governo divulgou que 60% da populaçao equatoriana, de 12 milhoes de pessoas, se encontra na pobreza. Dessa porcentagem, 15% (indígenas e camponeses) vivem à beira da miséria absoluta.
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