Em palestra na Federaçao das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Ciro afirmou que "a elite política brasileira perdeu a compostura" e criticou a briga pública dos senadores Jader Barbalho (PMDB-PA) e Antonio Carlos Magalhaes (PFL-BA). "ACM e Jader trocando gentilezas é deletério", declarou.
"O Estado nacional brasileiro que temos nao merece nossa defesa, é caro, corrupto e ineficiente, com esse ajuntamento de burocratas e políticos pilantras que nos prometem tudo", disse o ex-ministro da Fazenda para a platéia de empresários, durante seminário do qual participaram, entre outros, o presidente do grupo Votorantim, Antônio Ermírio de Moraes, a quem Ciro exaltou como "um brasileiro modelo."
Em uma hora e quinze minutos, Ciro fez críticas ao governo federal e apresentou alguns pontos de seu programa de governo, como uma reforma tributária que adote cinco impostos, entre os quais uma taxa com alíquota crescente cobrada de empresários que tiverem lucro e nao investirem no País. O candidato do PPS atacou a "internacionalizaçao do país" e a política econômica que leva ao crescente endividamento externo.
Ciro Gomes criticou a venda de empresas estatais por preços abaixo do mercado, mas ressaltou nao ser contra a privatizaçao. "Sou a favor, a Telebras, por exemplo, tinha que ter sido privatizada em 1995", afirmou. "A única providência que se tomou em 1995 foi eliminar da Constituiçao o conceito de empresa nacional."
Ciro Gomes disse ter absoluta certeza de que a economia brasileira nao vai crescer 4%, como tem repetido o presidente Fernando Henrique Cardoso e os ministros da área econômica. "O país está proibido de crescer porque nao tem energia elétrica", declarou o candidato.
O PPS de Ciro Gomes decidirá até o dia 10 se apoiará no Rio o candidato a prefeito do PTB, César Maia, ou o do PMDB, Sérgio Cabral Filho. O partido está conversando com os dois concorrentes e a decisao definitiva terá o aval de Ciro e do presidente nacional da legenda, senador Roberto Freire.
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