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Pompéia renasce das próprias cinzas
Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
Com AJB
25/08/2005 | 10:49
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Um dos mais impressionantes sítios arqueológicos do mundo revela-se agora sob dois ângulos inéditos. No início do verão europeu, Pompéia ganhou uma iluminação noturna especial: até o dia 11 de outubro, grupos farão caminhadas pelas ruínas de mais de 2 mil anos à luz da Lua, num passeio que combina história, magia e mistério. E o tesouro histórico também poderá ser observado de cima, graças a um balão que elevará os turistas a 150 m do chão.

<P>A área aberta à visitação noturna (das 20h30 às 23h30, com entrada a 10 euros) começa na Porta Marina e se estende por toda a área do Fórum. Os templos de Vênus, Apolo, Vespasiano, Júpiter, os edifícios administrativos e a Basílica constituem a área que foi o centro político, religioso e econômico da cidade de história tão trágica.

<P>Depois de ser praticamente sepultada pelo Vesúvio em 79 d.C., Pompéia renasce como prova viva da tragédia. Hoje, as pinturas murais representando cenas da vida romana na Antiguidade e os corpos de pessoas que morreram com a erupção (em alguns, até a expressão de pavor nos rostos se conservou), mantidos intactos por camadas de lava e gesso, são um desafio ao presente.

<p>Tudo na cidade, por sinal, parece respirar história. A arquitetura é dominada pelas grandes pilastras e formas retas. As grandes casas distribuídas pelas ruas largas têm imensos jardins internos, e em alguns lugares há rochas alinhadas para a travessia de pedestres. Na via dell’Abbondanzza, fica o mais conservado dos banhos públicos de Pompéia, ainda com as salas de banhos frios, mornos e quentes. A temperatura das termas, bem como a dos ambientes no subsolo, era garantida por um sistema de aquecimento inventado pelos romanos no século I a.C.

<P>Já na via dei Sepolcri, na saída da cidade, destacam-se alguns túmulos, incrivelmente conservados, com inscrições exaltando as qualidades morais dos mortos, várias delas redigidas pelos próprios ainda em vida, com auto-elogios ("bom pai", "morreu sem dever nada a ninguém" etc.) ou acusações a desafetos ("o sócio que me arruinou", "aquele escravo ingrato"...). Seja qual for o local visitado, andar por lá é sempre uma viagem ao passado.




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