Cerca de 300 mil espectadores chegaram cedo ao local e a praça ficou lotada de devotos do italiano. A cerimônia foi realizada sob um calor de 33 graus na sombra, por isso foram distribuídas quase um milhão de garrafas de água. Os bombeiros também jogaram água na multidão.

Foram instalados 15 telões nas imediações do Vaticano para que as pessoas assistissem à cerimônia. Na cidade de San Giovanni Rotondo, onde o religioso viveu a maior parte de sua vida, fogos de artifício foram estourados quando Pio se tornou santo.

João Paulo II, 82 anos, chegou a seu trono a pé, caminhando por alguns metros com o auxílio de sua bengala. Ele permaneceu no local durante as duas horas e meia de cerimônia e disse ter orgulho de ter se confessado uma vez ao padre Pio.

O Padre Pio di Pietrelcina, nascido em 1887 na cidade de Pullas, Sul da Itália, e falecido em 1968, é objeto de uma verdadeira devoção popular no país.

Os fiéis lhe concediam um verdadeiro culto e lhe atribuíam curas milagrosas ainda em vida, fato que em diversas ocasiões valeu a inimizade da igreja. Apesar disto, foi justamente a suposta cura de uma meningite do garoto Matteo Collella, 11 anos, que tornou a canonização possível.

A Pio também são atribuídos diversos outros ‘feitos’. Além de levar o crédito por curar uma mulher com câncer, os fiéis acreditam que ele lutou contra o demônio, fazia previsões e tinha a capacidade de estar em dois locais ao mesmo tempo.