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Campinas distribui cesta básica contra desnutriçao infantil
Do Diário do Grande ABC
13/05/1999 | 17:17
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A prefeitura de Campinas, a 90 quilômetros de Sao Paulo, iniciou nesta quinta um programa de distribuiçao de cestas de alimentos para combater a desnutriçao infantil. O projeto atenderá 1,3 mil crianças com idade entre seis meses a cinco anos, cadastradas pela Secretaria Municipal de Saúde. Os alimentos serao obtidos com recursos do governo federal, administraçao municipal e iniciativa privada. "Nosso objetivo é melhorar as condiçoes alimentares e minimizar os riscos de desnutriçao entre as crianças mais carentes", disse o secretário municipal de Saúde, Odair Albano. Segundo ele, a cada mil crianças nascidas vivas no município, 12,4 morrem antes de completar um ano. "A desnutriçao ainda é a principal causa dos óbitos", afirma. As crianças beneficiadas pelo programa foram selecionadas através dos prontuários médicos de postos de saúde da rede municipal. Elas receberao todo mês, durante dois anos, uma cesta com 19 itens de alimentos. Assistentes sociais farao um acompanhamento mensal para garantir que o benefício seja usado pelos pais na alimentaçao das crianças.

O programa também contará com a participaçao de estudantes docurso de nutriçao da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Puccamp). Eles prestarao informaçoes às famílias sobre a melhor maneira de usar os alimentos.

A cesta oferecida pela prefeitura deverá cobrir pelo menos 50% das necessidades nutricionais de uma família composta por quatro pessoas. A iniciativa da prefeitura de Campinas é uma ampliaçao do programa Combate à Carência Nutricional, promovido pelo Ministério da Saúde, que mensalmente destina recursos aos municípios para reduzir a desnutriçao. Campinas recebe do governo federal R$ 25 mil por mês, que deveriam ser aplicados na compra de leite e óleo. Os alimentos seriam destinados pelo período de um ano a crianças desnutridas com até dois anos de idade.

"Complementamos a verba federal com recursos da prefeitura para oferecer uma quantidade maior de alimentos por um período mais dilatado", diz o secretário. Ele nao soube precisar quanto a administraçao municipal está destinando à compra dos itens que compoem as cestas. "Ainda nao concluímos esse cálculo porque recebemos muitas doaçoes de empresas", explica.

Um dos exemplos de parceria, segundo ele, vem da Central Estadual de Abastecimento (Ceasa) que está fornecendo hortifrutigranjeiros. "A prefeitura nao teria condiçoes de arcar sozinha com o programa", diz o secretário. A expectativa é de que a comunidade continue colaborando.




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