Economia Titulo Protesto
Quórum de acampados diminui, e operários entregam carta à GM

Na sexta haverá nova manifestação, com possibilidade de caminhada

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
22/07/2015 | 07:23
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As barracas seguem na calçada da fábrica da General Motors em São Caetano pelo nono dia. O quórum de acampados, entretanto, diminuiu pela metade. Na semana passada, chegava a 150 operários demitidos e em lay-off (suspensão temporária de contrato), divididos em três turnos. Hoje, no máximo, soma 75.

Segundo João Sipriano, o Magrão, um dos organizadores do ato, que está sendo realizado pela chapa de oposição ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, nesta semana os cursos do Senai voltaram a ser aplicados ao grupo de 400 trabalhadores que teve o lay-off prorrogado até 9 de outubro. “Na semana passada estávamos sem aulas. Agora, para manter o movimento, nos revezamos mais, mas sempre tem gente no acampamento. À noite, principalmente”, explica.

“Mas nós não vamos desistir”, garante Magrão. Ele conta que hoje será entregue carta para a diretoria da GM explicando os motivos do ato, que pede a reintegração dos 419 trabalhadores dispensados após a não-renovação do lay-off, especialmente daqueles que possuem restrição médica. O documento pede também que a montadora atenda uma comissão para conversar.

Na sexta, Magrão conta que será realizada outra manifestação na porta da fabricante, às 13h30, com a possibilidade de realizar uma caminhada na Avenida Goiás conforme a quantidade de participantes.

Na ‘rádio-peão’ da empresa circulam comentários de que a GM realizaria um feirão de veículos no fim de semana que passou, porém, devido ao à ocupação da calçada, a montadora resolveu adiar a ação. Os acampados estão distribuindo panfletos para quem passar pelo local para que tomem conhecimento de sua causa protestada.

“Estou na GM há 24 anos e nunca vi situação parecida. Mas as demissões em massa pedem uma contrapartida. E com certeza isso arranha a imagem da companhia. Vamos continuar até resolver a situação, pois não aceitamos isso. Nove dias não são nada. Os companheiros da Mercedes ficaram 24 dias”, desabafa Magrão. 




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