O pré-candidato do PT à Prefeitura de Santo André, deputado estadual Carlos Grana, aguarda a definição sobre o futuro do PMDB e de seu principal nome na cidade, o secretário de Gabinete, Nilson Bonome, para discutir a união entre os dois partidos na eleição de 7 de outubro.

Grana chegou a falar com entusiasmo sobre o assunto. "Conversaremos com carinho", relatou, considerando a possibilidade de o PMDB formalizar o posicionamento de que não caminhará na trilha de reeleição do prefeito, Aidan Ravin (PTB).

Em contrapartida, afirmou que "ainda é precipitado falar sobre isso. Até agora essa decisão (do PMDB deixar o apoio à administração) não nos foi apresentada". O parlamentar declarou que a decisão sobre a composição da chapa e do arco de apoiadores será tomada em conjunto com a direção do PT.

Grana foi o escolhido para tentar reconduzir o PT ao comando da cidade, após perder a hegemonia de 12 anos consecutivos à frente do Paço.

Para isso, os petistas estão dispostos a formar uma frente ampla, com siglas que fortaleçam a musculatura do projeto eleitoral de Grana. "Evidente que fazer aliança com PMDB, PSB e PSD nos agrada. São siglas que têm nomes respeitados. Mas neste momento temos de ter cautela."

A parceria firmada entre PT e PMDB na esfera federal resultou na campanha vitoriosa da presidente Dilma Rousseff e de Michel Temer em 2010.

Além disso, a possível parceria na disputa ao Paço de São Paulo também pode ser preponderante para a união em Santo André.

Comenta-se nos bastidores que se o pré-candidato à prefeitura de São Paulo Gabriel Chalita (PMDB) se retirar da disputa para apoiar o petista Fernando Haddad, o efeito dominó resultaria em parceria das legendas em Santo André e São Bernardo.

A possibilidade de união entre PT e PMDB é vista com bons olhos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, padrinho político de Grana.