Política Titulo Sem perder cadeira
Marcelo Lima busca acordo para sair do PPS sem perder cadeira

Vereador tenta acerto com cúpula, mas MP pode acusar manobra

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
15/07/2015 | 07:04
Compartilhar notícia
Orlando Filho/DGABC


Convidado pelo Solidariedade para encabeçar projeto de candidatura própria ao Paço de São Bernardo na eleição do ano que vem, o vereador Marcelo Lima (PPS) costura nos bastidores migração partidária, buscando fugir de enquadramento na Lei de Fidelidade Partidária. Ele tenta acordo junto à direção popular-socialista para liberação sem pedido de cadeira, mas o Ministério Público pode identificar manobra e punir o parlamentar.

A possível troca de legenda foi revelada no sábado pelo Diário, em entrevista concedida pelo presidente estadual da legenda Davi Martins de Carvalho, que anunciou convite ao parlamentar. Marcelo estaria encaminhando a troca de legenda por divergências políticas com o deputado federal Alex Manente, presidente estadual do PPS e próximo de ser candidato à Prefeitura de São Bernardo em 2016.

Pela legislação eleitoral, partido político, Ministério Público e suplentes podem acionar a Justiça Eleitoral para requerer cadeira de parlamentar que trocou de partido sem atender aos critérios da Lei de Fidelidade Partidária. Nestes casos, a denúncia mais recorrente é acionada pelo primeiro suplente da legenda ou da coligação do pleito passado.

Em São Bernardo, encontra-se nesta situação Alex Mognon, filho do ex-vereador Vandir Mognon e que recebeu 2.882 votos em 2012.

Procurado, o político assegurou não ter total conhecimento da possível movimentação partidária de Marcelo, evitando firmar posicionamento. “Escutei algumas coisas, mas não posso tomar decisão neste aspecto de especulação”. O suplente adiantou que deve entrar em contato com o vereador para anunciar conduta. “Devo conversar com o Marcelo nos próximos dias e vou procurar questionar sobre essa situação. Eu me dou bem com ele e nunca pensei em prejudicar ninguém. Tenho certeza que esse diálogo será bom e que me ajudará ao caminho a ser tomado.”

Marcelo, que não foi localizado para comentar o assunto, foi eleito vereador pela primeira vez em 2008, recebendo 3.906 votos. Quatro anos depois, elevou sua votação para 6.445 adesões, sendo o segundo mais votado da cidade.

Presidente do PPS local e também vereador, Julinho Fuzari não quis se pronunciar sobre o assunto.

CADEIRA PERDIDA
Na região, dois políticos foram enquadrados pela Lei de Fidelidade Partidária. Em Mauá, a Justiça cassou o mandato de Ivann Gomes, o Batoré. O parlamentar migrou para o PRB em 2013, alegando perseguição política. Batoré foi substituído por Adelto Cachorrão (PP). Em Ribeirão Pires, Anderson Benevides perdeu sua cadeira ao trocar o PMN pelo PSC. Em seu lugar assumiu a suplente Berê do Posto (PMN).




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;