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IPI deve impulsionar vendas de novos
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
04/03/2010 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


A retirada do incentivo do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido para carros flex, a partir do dia 1º, somada ao reaquecimento da economia gerou a expectativa no setor automotivo de que este mês terá forte impulso nas vendas de carros zero-quilômetro.

O presidente do Sincodiv-SP (Sindicato dos Concessionários de Veículos no Estado de São Paulo), Octávio Vallejo, calcula que a comercialização de automóveis e comerciais leves deve crescer 6% a 7% frente aos números do mês passado, que já foi o melhor fevereiro da história do segmento no País.

"Vai propiciar aumento de vendas e pode até faltar um ou outro veículo (para pronta-entrega)", afirma. Ele assinala ainda que, além da eliminação do estímulo tributário - o IPI está em 3% para os carros 1.0 bicombustíveis e voltará para 7%, e os de motor 1.0 a 2.0 flex passarão dos atuais 7,5% para 11% em abril -, março tem 23 dias úteis, frente aos 17 de fevereiro.

Vallejo também prevê que, como muitos carros devem ser faturados nos últimos dias deste mês, o número de emplacamentos na primeira semana de abril pode ainda sentir o reflexo do incentivo do governo.

REVENDEDORES - Concessionárias de veículos da região também demonstram otimismo em relação ao desempenho das vendas neste mês. Para isso, contam também com o apoio de fortes ações promocionais das montadoras.

Com essa expectativa, o diretor da revenda General Motors Vigorito, de Santo André, Hermes Schincariol Júnior, prevê aumento de 30% em relação a fevereiro, mês em que já teve alta de 10% nas unidades do grupo.

"Muita gente deve ir às compras, por conta do IPI menor e também pela facilidade de crédito; os bancos estão com apetite para financiar. E vamos ter neste mês dois feirões de fábrica", afirma.

A gerente da Volkswagen Avel, Edneia Vedovatto, também se anima com a perspectiva de corrida dos consumidores em busca de preços menores. Ela projeta alta de 40% em comparação com o desempenho de fevereiro. No caso da concessionária, o mês passado ficou com números ligeiramente acima (3%) dos de janeiro.

SEM RECEIO - O presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), Sérgio Reze, não vê risco de queda brusca na performance do setor em abril, sem o incentivo. "Entendemos que a necessidade do desconto (no tributo) se esgotou, em função do crescimento da economia, que se mostra vigoroso", afirma.




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