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Frontier: pau-para-toda-obra
Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
16/04/2008 | 07:07
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Grande, robusta, forte, esperta tanto no barro quanto no asfalto e agradável de se dirigir no dia-a-dia. Essas são algumas das principais características da nova Nissan Frontier SEL 2.5 cabine dupla 4x4, importada da Tailândia desde o fim do ano passado e que passou pela avaliação do Diário.

Logo no contato inicial com o ‘bruto’ (no bom sentido), a sensação é de estar dentro de um caminhãozinho devido às suas medidas generosas. No entanto, os equipamentos fazem lembrar um interessante sedã. Isso é possível? Sim. Basta observar o acabamento de bom gosto e qualidade, os bancos revestidos de couro, a direção hidráulica, o ar-condicionado, o sistema de som com rádio e CD Player integrado ao painel, as travas e vidros elétricos, descanso de braço central, os air bags, os freios ABS, entre outros apetrechos.

Um ponto negativo está no banco traseiro, que pode acomodar até três adultos. Espaço para as pernas dos mais altos não é o problema, muito pelo contrário. Porém, o encosto para as costas tem uma angulação que incomoda em viagens de longas distâncias, por ser muito reto.

No primeiro toque na chave, o motor Nissan YD25ETi 2,5L 16V turbodiesel eletrônico deu sinal de que seria capaz de transformar uma rotineira avaliação em experiência única. Para quem gosta de números, aqui vão apenas alguns para demonstrar a saúde deste propulsor: 172 cv de potência a 4.000 rpm e torque de 41,1 mkgf a apenas 2.000 rpm. Satisfeito?

Na cidade, rodando com tração 4x2 – é possível ainda selecionar, por meio de um botão rotativo no painel, as trações 4x4 e reduzida –, a nova Frontier mostrou-se mansa e civilizada. As esburacadas ruas de São Paulo e do Grande ABC passam a ser problemas do passado, já que a suspensão da picape é bem acertada.

Na estrada, o modelo revelou uma nova face – também positiva. Ao encarar a Rodovia dos Bandeirantes rumo ao interior do Estado, os 172 cv concretizaram a imagem de bom desempenho do motor. O trajeto Santo André/Indaiatuba foi feito respeitando os limites de velocidade, já que existe um radar a cada quilômetro. Mas deu para perceber que atingir a marca dos 170 km/h seria uma missão fácil de completar.

Mas e no barro, como essa valentona se porta? A resposta para essa pergunta deve ser dividida em três partes. Na tração 4x2 ela se mostra competente, apesar da traseira dançar um pouco quando o acelerador é exigido. Já na tração 4x4 a estrada de terra vira diversão. Com o controle nas quatro rodas, a Frontier está sempre sob o comando do motorista. Por fim, na 4x4 reduzida, a picape da Nissan faz um lamaçal parecer uma mera poça d’água.

Quanto custa - A diversão de dirigir a nova Frontier é para poucos. A versão com câmbio manual de seis velocidades custa, sem pintura metálica (apontada pela montadora como único opcional), R$ 112.860. Já a versão topo de linha, equipada com câmbio automático de cinco velocidades, avaliada pelo Diário, é mais cara: R$ 119.900.

Curiosidade - Além da Tailândia, a nova Frontier é produzida na Espanha e nos Estados Unidos. Entre os tailandeses e os espanhóis, a picape atende pelo nome de Navara.




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