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Capacetes azuis afirmam ter contido ex-militares haitianos
Da AFP
21/03/2005 | 17:40
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A 'Minustah' (Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti) afirmou nesta segunda-feira, depois que o ex-líder militar haitiano Joseph Jean-Baptiste declarou guerra contra eles, 'ter marcado importantes pontos' contra os ex-militares que controlam parte do país, após a retomada de duas delegacias que estavam em poder desses rebeldes. "Tratam-se de operações importantes para o retorno da lei, da ordem e da estabilidade do país", sustentou o porta-voz da 'Minustah', Damien Onses-Cardona.

Durante estas ações, que aconteceram em Petit Goave (sul) e Terre Rouge (centro), dois soldados da ONU (Organização das Nações Unidas) morreram e outros quatro ficaram feridos. Do lado dos ex-militares, dois foram mortos, 37 detidos, sendo que 12 destes estão feridos.

Os capacetes azuis recuperaram também material militar, fuzis, pistolas e cinco equipamentos de radiocomunicação. "A 'Minustah' controla a situação nas duas cidades e se dispõe a continuar a marcar pontos na estabilização do Haiti", frisou o coronel marroquino Elouafi Boulbars, porta-voz dos seis mil soldados que formam o destacamento multinacional da 'Minustah'.

Interrogado sobre a morte dos capacetes azuis, primeiras vítimas fatais dos combates da força internacional desde que esta se instalou no país em junho passado, o oficial ressaltou que não se trata de uma derrota. "Não consideramos as mortes um revés. Seguimos na direção das metas que havíamos fixado", expressou o funcionário.

Cerca de 160 capacetes azuis foram mobilizados para a operação em Petit Goave e 300 em Terre Rouge, segundo a ONU. "Em Terre Rouge reina atualmente a tranqüilidade. O posto policial neste momento está sob o controle da 'Minustah', mas será entregue à Polícia haitiana. No entanto, os insurgentes conseguiram fugir antes do cerco ao local", contou o porta-voz militar.

"Ao lançar a ação para a recuperar a delegacia, os insurgentes usaram a população civil como escudo humano e os capacetes azuis se abstiveram de responder aos tiros para não fazer mais vítimas inocentes", destacou o oficial.

Em Petit Goave, os feridos pertenciam à população civil, inclusive um jornalista da rádio local Laraque Jean Roberson, anunciou o porta-voz. Segundo a fonte, o jornalista foi transferido de helicóptero e hospitalizado. O estado do homem ainda é considerado grave.

ONU disse também que não havia outra saída para uma ação em Petit Goave. "Lançamos o assalto depois de tentar em vão negociar a partida dos rebeldes de forma pacífica".




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