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Negociações estão interrompidas
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
02/02/2011 | 07:15
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O Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação) interrompeu a partir desta semana as negociações salariais dos trabalhadores de TI (Tecnologia da Informação).

A interrupção das conversas entre trabalhadores e empresários aconteceu na quarta rodada de negociação após o sindicato patronal oferecer 6,47% de reajuste salarial - índice que repõe apenas a inflação do ano passado. Enquanto que a categoria pede 11,9% de reajuste real mais reposição da inflação.

Além disso, as principais reivindicações dos trabalhadores foram recusadas, como a PLR (Participação em Lucros e Resultados) e o auxílio-refeição.

"Estamos com estudos e argumentos suficientes para levar o debate aos tribunais. O crescimento do setor de TI tem sido sempre acima do PIB nos últimos anos. Em 2009, faturou R$ 52,8 bilhões, número que representa aumento de 9,3% em comparação a 2008", argumenta Antonio Neto, presidente do Sindpd.

A decisão atinge cerca de 90 mil profissionais no Estado de São Paulo, que concentra quase metade da categoria no Brasil. O Grande ABC corresponde a 15% do total, aproximadamente, o que representa 13,5 mil trabalhadores.

"Os funcionários não merecem o tratamento que estão recebendo do sindicato patronal. Nossas reivindicações são justas, muitas delas já são praticadas no mercado. Os índices que pleiteamos correspondem à inflação e a uma pequena parcela dos lucros do setor no ano passado", destaca Neto. "O PIB brasileiro cresceu aproximadamente 7,5% em 2010 e o do setor ficou em torno de 10%. A previsão de que as empresas ampliarão seus gastos em TI neste ano. Não existe argumento para não concederem aumento justo", salienta.

Com data-base em 1º de janeiro, o Sindpd vai concentrar sua mobilização nas empresas, abrindo espaço para acordos coletivos. "Nós temos maturidade o suficiente para medir as consequências dos nossos atos. A categoria está coesa, basta ver nas inúmeras mensagens que recebemos. Vamos lutar e defender o direito dos trabalhadores de TI," reitera o sindicalista.

 




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