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Circuito une samba e sopa em São Paulo
Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
20/01/2006 | 11:27
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Samba com sopa. A combinação, a princípio inusitada, é a tônica de um city tour lançado em São Paulo. O passeio custa R$ 50 e inclui uma balada no barracão de uma escola de samba da capital. Na lista de opções estão Rosas de Ouro, Mocidade Alegre, X-9 Paulistana, Unidos da Vila Maria e Peruche. No fim da noite, o reencontro é no restaurante Villa Tavola, um dos mais tradicionais redutos da Bela Vista, onde são servidas sopas.

O city tour inclui os traslados entre o Villa Tavola – de onde também sai o passeio – e o barracão da escola de samba, acesso à área VIP da quadra, com uma pessoa que contará a história da escola e do Carnaval e, na volta, uma das opções de sopa oferecidas pelo restaurante. As bebidas ficam por conta do turista (na escola da Unidos da Vila Maria, os preços de água, refrigerante e cerveja variam de R$ 1,50 a R$ 2,50). Vale a pena. Principalmente para quem nunca acompanhou de perto o ensaio de uma escola de samba.

Na quadra, o Carnaval é de cara limpa, sem máscaras, sem fantasias. O som da bateria, a alegria da turma da comunidade, os passos ensaiados na pista. É uma micareta. Só que ao contrário das festas de Carnaval fora de época, o barracão da escola de samba não tem preconceito. Gente velha, gente jovem; pobre, rico. Tem espaço para todos se divertirem, sem restrição.

A festa começa cedo. Por volta das 20h, a bateria inicia dar seus repiques e alguns passistas que irão desfilar na avenida ensaiam seus primeiros passos. O clima esquenta depois das 22h. O formigueiro no qual o excesso de pessoas transforma o barracão é rompido e uma avenida oval se forma na pista. Em pouco tempo, a tensa movimentação abre espaço para um desfile.

Tem mestre-sala, porta-bandeira, baiana. Para babação dos marmanjos, vez ou outra até a madrinha da bateria dá o ar da graça. E todo esse circo é armado bem pertinho, do lado de quem quiser assisti-lo. Se tiver disposição – e molejo no pé, é claro – dá até para entrar na festa e dar umas voltinhas na avenida improvisada.

Mas não vá dar bola-fora: tudo é levado muito a sério pela comunidade. Se você estiver atrapalhando o ensaio, a turma da harmonia não vai hesitar em convidá-lo a acompanhar a festa um pouco mais de longe. Quanto à roupa, nada de muito luxo. Calça jeans e camiseta – no caso dos homens – e vestido – para as mulheres – é uniforme dentro da quadra. E não se esqueça do tênis, fundamental para agüentar a maratona carnavalesca até o fim.

O city tour foi desenvolvido pela Circuito São Paulo e nasceu como um produto do programa de desenvolvimento de turismo receptivo, uma iniciativa do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) para desenvolver o turismo na capital. Segundo o diretor da empresa, Aldo Almeida, essa é a primeira vez que um pacote com esse perfil é oferecido em São Paulo. Se a receita der certo, o programa pode entrar no calendário turístico da cidade.

O jornalista fez o city tour a convite do Circuito São Paulo.

City Tour Samba e Sopa: Até 19 de fevereiro, às quartas, sextas e domingos, sempre as 20h. Saída e retorno do restaurante Villa Tavola (rua 13 de Maio, 848, Bela Vista, São Paulo). Reservas antecipadas com a empresa organizadora, Circuito São Paulo, pelo telefone 5182-3974. Preço: R$ 50. A escola a ser visitada só será conhecida após a chegada no restaurante. Para mais informações, acesse o site www.citytoursp.com.br.




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