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Volta do ABC terá elite do esporte
Felipe Munhoz
Especial para o Diário
06/09/2006 | 23:08
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A 9ª Volta Ciclística do Grande ABC será diferente de todas as edições anteriores, não pelo circuito - mesmo do ano passado - , mas sim, pela realização dos Jogos Abertos do Interior em São Bernardo. Última disputa antes do evento estadual, a Volta servirá também de preparação e contará com a participação dos melhores ciclistas do país e representantes de Argentina e Uruguai. As inscrições pela internet, através do site www.ativo.com, terminam nesta sexta-feira. No sábado, os atletas podem se inscrever no ginásio Marlene José Bento, em São Caetano, das 10h às 17h.

“Normalmente, a prova é especial porque o Grande ABC é considerado um reduto de grandes ciclistas. Neste ano, porém, a proximidade dos Jogos Abertos dará um brilho especial ao evento”, destacou Marcos Mazzaron, presidente da Federação Paulista de Ciclismo.

A equipe de Santana do Parnaíba se concentra na cidade de Santo André e acredita que a preparação é fundamental nesse tipo de prova. “Nós já estamos treinando há dois meses. Temos apenas três atletas da equipe que são do ABC, mas resolvemos treinar aqui na região. Aliás, o treinamento é o principal segredo desta competição. Nós, por exemplo, já estamos treinando há dois meses. Se tiver uma equipe grande e uma boa tática, e não estiver bem preparado, dificilmente você conseguirá uma boa colocação”, argumentou o técnico de Santana do Parnaíba, Luiz Carlos Mazzaron.

No ciclismo, uma longa prova como essa não interfere negativamente na preparação para os Jogos Abertos do Interior, que este ano acontecem em São Bernardo, de 11 a 23 deste mês. “Normalmente, os atletas estão acostumados a competir provas de longa de distância que duram vários dias. Porém, existem times que vão poupar seus atletas com medo que ocorram contusões. Mas este é um risco que temos de correr. Na verdade, esta prova ajuda no condicionamento físico”, declarou Luiz Carlos.

No decorrer do percurso de 100 quilômetros, os atletas de elite enfrentam muitas dificuldades. Além do frio, que costuma dar as caras na competição, o próprio traçado exige muita técnica dos ciclistas. “Com a temperatura baixa, você perde um pouco da sensibilidade das mãos. Quando chove, a situação complica ainda mais porque suja os óculos e atrapalha a visão”, explica o treinador da equipe de Santo André, Américo Tomas da Costa.

Para garantir a segurança, cerca de 500 pessoas vão trabalhar nos bastidores da prova. “Teremos a colaboração de, aproximadamente, 200 policiais, 200 agentes de trânsito e 70 integrantes do Tiro-de-Guerra para orientar os competidores”, disse o presidente da Federação.

Numa prova longa é preciso controlar o rendimento e se precaver para os pontos difíceis do circuito. “Acredito que existem dois pontos decisivos: a subida da avenida Capitão João na divisa de Ribeirão e Mauá e a Nelly Pelegrino em São Caetano”, destacou Américo. (Supervisão de Marcelo Camargo)




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