A missao veio por convite feito pelo próprio Fidel, em sua visita do Rio de Janeiro, durante a Cimeira de países ibero-americanos, em agosto. Castro, que recebeu os empresários para um jantar em Havana, perguntou a opiniao deles sobre a OMC e sua funçao, mas nao chegou a expressar a sua própria sobre o organismo. O dirigente de 73 anos afirmou que um congressista norte-americano, cujo nome nao informou, foi o responsável pelo convite.
O presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, avaliou que, apesar de ter um papel importante, a entidade tem falhado na defesa dos interesses dos países em desenvolvimento. Em resposta, o dirigente cubano fez mais ataques à política econômica norte-americana. "Se Deus fosse justo, estaríamos ao lado do Brasil, e nao (do litoral) dos Estados Unidos", brincou Castro na conversa durante o jantar, que durou quase cinco horas no Palácio do Governo.
Fidel fez perguntas sobre a situaçao brasileira - e mostrou espanto quando foi informado de que os juros básicos no Brasil chegam a 19% ao ano. Ele lembrou que, antes de o País ter entrado em crise, por causa da moratória russa, havia alertado para a necessidade de ajuda mundial para a economia brasileira.
O dirigente cubano também contou estar preocupado com a possibilidade de danos à atividade turística em Cayo Coco, na província de Ciego de Avila, com o investimento na exploraçao de petróleo feita pelo seu governo com a Braspetro, subsidiária internacional da Petrobras. "Nao gosto de misturar turismo com petróleo", afirmou. "Vamos ver se os turistas nao ficam espantados", brincou.
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