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Maioridade de Berlim
Anelisa Lopes
Do Diário do Grande ABC
18/10/2007 | 09:48
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A queda do muro de Berlim completará sua maioridade no dia 9 do mês que vem. E, mesmo diante do posto fronteiriço mais famoso que separou a Alemanha em Oriental (República Democrática Alemã) e Ocidental (República Federal da Alemanha) durante a Guerra Fria, fica difícil de imaginar como um país pôde ter sobrevivido com tamanha bipolaridade por tantos anos. O muro havia sido erguido em 1961.

O que se vê na capital alemã hoje são duas partes integradas pela força do capitalismo. E um pequeno exemplo disso são as inúmeras lojas de suvenires que vendem pequenos restos do muro – alguns até com certificado de originalidade. Elas são o ponto comum que trazem e levam as lembranças de uma época em que o mesmo povo vivia separado física e politicamente .

O local, chamado de Check Point Charlie, posto por onde estrangeiros e diplomatas tinham de passar para chegar a Berlim Oriental, abriga o museu Haus am Checkpoint Charlie, inaugurado em 1963 na última casa antes da fronteira. Há uma exposição com fotos, objetos e até carros usados por alemães para fugir do bloco socialista europeu.

Na Bernauer Strasse é possível visitar o Centro de Documentação do Muro de Berlim, que apresenta um panorama das fugas e da transformação que esta divisão geográfica trouxe à região.

Muro invisível - Na Alemanha de hoje, porém, há um muro invisível que separa os alemães dos imigrantes. Turcos, em sua maioria, são vistos a cada esquina. Desta cultura do Oriente Médio, porém, já estão enraizados bons restaurantes, lojas, música e muitos taxistas.

Pode-se dizer que Berlim, que tem 3,5 milhões de habitantes, é uma capital européia bem comportada, ao menos nos locais por onde um turista de primeira viagem costuma passar. Pessoas de idade são maioria nas ruas, e muitos casais jovens, no lugar de filhos, levam seus cachorros para passear.

A cidade é extremamente arborizada e plana. Os principais concorrentes dos modelos Porsche, Mercedes-Benz, Audi e BMW, vistos a cada esquina, são simples bicicletas que possuem lugares reservados até dentro dos trens e metrôs. Além da preocupação em plantar árvores, os alemães traduzem sua adoração pelo sol por meio dos inúmeros carros conversíveis, varandas e prédios construídos em vidro.

Curiosidades - Para quem imagina uma Alemanha repleta de castelos, Berlim possui um grande e famoso, chamado Schloss Charlottenburg. Entre as igrejas, a mais famosa é a Gedächtniskirche, que fica cercada por uma feira de comida asiática.

Adolf Hitler e o nazismo pouco aparecem na Alemanha. Fica clara a vontade dos alemães de esquecê-lo.

Um passeio diferente é conhecer os trens de alta velocidade, que cortam o país e são chamados de ICE. Os tíquetes podem ser comprados com antecedência por meio do site www.bahn.de

Depois da Segunda Guerra Mundial e antes do muro, a conservação do Portão de Brandemburgo era motivo de brigas entre as duas Alemanhas. Uma delas ocorreu em 1958, quando, após reforma, os cavalos, antes olhando em direção ocidental, foram recolocados para o outro lado. o que continua até hoje.



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