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Grã-Bretanha e EUA têm as mesmas metas no Iraque, diz Brown
Da AFP
04/09/2007 | 11:50
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O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, afirmou nesta terça-feira que Londres e Washington compartilham a mesma visão sobre o Iraque, e que as decisões em relação a uma retirada das tropas britânicas do território iraquiano serão tomadas em acordo com os aliados e com o governo deste país.

"Grã-Bretanha e Estados Unidos caminham pelo mesmo caminho no Iraque", afirmou Brown ao ser consultado em uma entrevista coletiva à imprensa sobre se tinha a mesma visão a respeito do país árabe que o presidente americano George Bush, que está aumentando suas tropas no Iraque.

"Estamos exatamente no mesmo caminho que estabeleci, que é o de continuar cumprindo nossas obrigações com o povo do Iraque, apoiar a democracia e cumprir nossas obrigações com a comunidade internacional", disse o chefe de Governo em sua primeira entrevista coletiva à imprensa após as férias de verão.

A Grã-Bretanha, que tem 5.500 soldados no Iraque, "vai cumprir suas responsabilidades, que aceitou das Nações Unidas e da comunidade internacional, com o povo do Iraque", disse Brown ao ser perguntado sobre se a retirada das tropas britânicas do Palácio de Basra era o começo de um recuo definitivo do país.

Um contingente de cerca de 500 militares britânicos se retirou na segunda-feira do palácio que ocupava na cidade de Basra, e passou o controle para o Exército iraquiano, uma operação considerada por alguns analistas como uma derrota encoberta.

Farpas - A retirada das tropas britânicas de sua base de Basra, cidade do sul do Iraque sob responsabilidade britânica desde março de 2003, ocorreu em um contexto de troca de acusações entre Londres e Washington a respeito do conflito no país árabe.

A redução da presença britânica no Iraque foi exigida por chefes militares britânicos, que consideram que o país necessita dessas tropas em outra frente de guerra - o Afeganistão-, para que o fiasco do Iraque não se repita. As tensões foram trazidas à tona por chefes militares da reserva de ambos os lados.

O general britânico Tim Cross classificou há poucos dias a operação americana no Iraque de "fatalmente equivocada". Alguns dias antes, o general Sir Mike Jackson, que foi chefe do Exército britânico em 2003, afirmou que o enfoque americano revela uma "bancarrota intelectual".

Nos Estados Unidos, o general da reserva Jack Keane, por sua vez, manifestou a "frustração" do governo americano com a deterioração da situação da segurança em torno de Basra, a cargo das tropas britânicas.




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