A aposição já tem apoio de 25 senadores para a criação da CPI da Corrupção no Senado. Nesta quarta-feira, o senador e o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra (sem partido-RN), e os irmãos senadores Álvaro Dias e Osmar Dias (ambos do PSDB) assinaram o requerimento. Na quinta, três senadores do PPS também teriam deixado o seu nome no pedido.

O papel já estaria com o líder do partido, senador Paulo Hartung (ES). No entanto, o grupo vai formalizar a entrega do requerimento somente depois que a questão da violação do painel eletrônico do Senado for resolvida.

O partido informou que não quer que a CPI seja usada para dificultar a votação do relatório sobre o caso, redigido pelo senador Roberto Saturnino Braga (PSB-RJ) e que aponta a cassação de Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e José Roberto Arruda (sem partido-DF).

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire (PE), afirmou que os dois assuntos não podem ser confundidos. "Não vamos misturar as estações e, por isso, só entregaremos as assinaturas no momento certo", disse.

Para a instalação da CPI da Corrupção, são necessárias pelo menos 27 assinaturas de senadores.

PFL — O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), comentou nesta quinta-feira que a oposição não deve contar com as dissidências do PFL para conseguir a instalação da CPI da Corrupção no Senado.

Segundo Calheiros, as assinaturas podem ser usadas como moeda de troca para que o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) tenha pena branda no Conselho de Ética.