A parada, que contou com carros alegóricos, muito brilho, plumas e paetês, saiu da Avenida Paulista por volta das 15h e chegou à Praça da República às 18h30. A apoteose ficou por conta do show do cantos Edson Cordeiro, que agitou o público e, em protesto contra uma emissora de TV que vetou um de seus clipes, beijou na boca o modelo Luciano Granier, que participou do polêmico clip. A polícia, segundo o coronel Melchior, mobilizou 400 homens da Tropa de Choque.

Segundo o coronel, nenhum incidente foi registrado e a parada transcorreu num clima de muita tranqüilidade. Um único incidente ocorreu durante o show de Edson Cordeiro, quando um militante do PSTU tentou dar um soco no senador Eduardo Suplicy (PT).

O evento contou com muitas autoridades, entre elas a candidata do PT à prefeitura paulistana, Marta Suplicy, o deputado federal José Genoíno (PT-SP), o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o deputado federal Marcos Rolim (PT-RS), presidente da Comissao dos Direitos Humanos da Câmara, o presidente da Câmara Municipal de Juiz de Fora, Paulo Rogério (PMDB) e o vereador paulista Italo Cardoso, do PT.

A opiniao unânime dos políticos é que o evento é um divisor de águas dentro do movimento de defesa dos direitos das minorias. "Hoje o que se fez na cidade de Sao Paulo é um alerta, um grito para o três poderes. Sao Paulo se transforma, a partir deste momento, na capital da cidadania e da democracia", disse Marta Suplicy.

Para o senador Eduardo Suplicy, este é um bom momento para o governo FHC adotar medidas para esse grupo, como a agilizaçao da votaçao do projeto que permite a uniao civil entre pessoas do mesmo sexo. "FHC nao pode se mostrar muito tímido na área da sexualidade", reiterou Suplicy.