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Operação Hurricane apreende mais de R$ 10 milhões em dinheiro
Do Diário OnLine
14/04/2007 | 18:29
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A Superintendência da Polícia Federal divulgou neste sábado o balanço dos bens apreendidos na Operação Hurricane, que prendeu 25 pessoas na sexta-feira, no Rio de Janeiro e na Bahia, acusadas de participar de um esquema de jogos ilegais, corrupção e tráfico de influência.

De acordo com a PF, foram apreendidos R$ 10 milhões em dinheiro, R$ 5 milhões em cheques, US$ 300 mil, 34 mil euros e 400 libras esterlinas. Os agentes ainda apreenderam 51 veículos, sendo o mais caro um Mercedes Benz estimado em R$ 550 mil reais.

Somente no cofre da casa do presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, Ailton Guimarães Jorge, foram apreendidos 27 relógios de luxo.

Entre os suspeitos que tiveram os bens recolhidos estão o desembargador José Eduardo Carreira Alvim, ex-vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª região; o procurador regional da República do Rio, João Sérgio Leal Pereira; e o delegado da Polícia Federal em Niterói, Carlos Pereira; entre outros desembargadores, delegados, empresários e advogados.

Os detidos - 23 do Rio e dois da Bahia - foram levados para a Superintendência da PF, em Brasília, para serem interrogados. Eles cumprem prisão temporária de cinco dias, que pode ser renovada por mais cinco.

Os depoimentos começaram a ser tomados na tarde deste sábado. De acordo com o advogado Raúl Ornellas, que defende os delegados da Polícia Federal Luiz Paulo Dias de Matos e Susie de Mattos, os interrogatórios serão tomados separadamente e não coletivamente porque são denúncias diferentes.

Três equipes de agentes estão responsáveis pelos interrogatórios enquanto outra equipe está no Rio colhendo provas para enviar no domingo a Brasília. Segundo a PF, os veículos apreendidos serão transportados do Rio de Janeiro para Brasília em cinco caminhões-cegonha.  

Esta foi uma das maiores operações de combate à corrupção já realizadas no país, tendo em vista o nível das pessoas envolvidas. Como alguns dos investigados têm foro privilegiado, foi necessária uma autorização especial do STF (Supremo Tribunal Federal) para as prisões.

As investigações que levaram à operação começaram há um ano, com base em suspeitas de contrabando de componentes eletrônicos para as máquinas de caça-níqueis.




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