Os agentes da agência de combate às drogas (DEA) realizaram a Operaçao Juno, passando-se por corretores da bolsa que operavam a partir de um escritório verdadeiro que funcionava em Tucker, um subúrbio de Atlanta.

O agente especial John Andrejko, responsável pelo escritório da DEA em Atlanta, disse que foi a primeira vez que se usou esse tipo de estratégia.

Os cinco colombianos detidos, que, segundo as autoridades, estao ligados ao Cartel de Cali, foram acusados por um júri federal de investigaçao de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. A operaçao também levou à prisao de outras 47 pessoas, em diferentes pontos dos EUA.

O diretor-interino da DEA, Donnie Marshall, disse que a Operaçao Juno ``representa um novo nível da cooperaçao americano-colombiana' para a repressao do tráfico de drogas.

O promotor federal adjunto Lawrence Anderson declarou esperar que as autoridades da Colômbia prendam os cinco acusados e os extraditem para os EUA a fim de serem julgados.

Os agentes da DEA receberam dinheiro em 59 ocasioes, em lugares públicos, como ruas de Roma e Nova Iorque, ou estacionamentos em Chicago e Baltimore. Os agentes receberam o dinheiro em sacolas de material esportivo, em lotes de US$ 100 mil a US$ 500mil dólares, que foram ``lavados' através de diversas contas.

A operaçao encoberta começou em 1996, pouco depois de as autoridades colombianas terem descoberto 386 quilos de cocaína congelados dentro de um ``container' de peixe destinado aos Estados Unidos.