Israel espera o apoio internacional para seu plano de retirada de Gaza durante uma visita nesta segunda-feira de Javier Solana, chefe da diplomacia européia, ao mesmo tempo em que pede a Washington uma ajuda especial de US$ 2,2 bilhões.

Esta ajuda permitiria cobrir os custos da retirada, da reinstalação em Israel de bases do Exército que estavam na Faixa de Gaza, o reforço do dispositivo de segurança na fronteira entre Israel e Egito, e o desenvolvimento de regiões pouco habitadas da Galiléia (norte) e do deserto de Neguev (sul).

"Desejamos ajudar, caso seja possível, no campo econômico, político e também na Segurança", declarou Solana, depois de um encontro com seu colega israelense Sylvan Shalom, ao iniciar uma visita de quatro dias a Israel e aos territórios palestinos. "Esta visita acontece em um momento importante", frisou Shalom.

"Nós vibramos com a entrega de fundos aos palestinos, mas desejamos que o dinheiro seja direcionado a projetos de infra-estrutura, cuja realização será controlada", explicou um alto responsável da Presidência do Conselho israelense.

Na semana passada, na reunião de cúpula do G8 (sete países mais industrializados e a Rússia), em Gleneagles, Escócia, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, prometeu uma ajuda econômica aos palestinos de US$ três bilhões nos próximos anos.

Israel deve deixar em agosto a Faixa de Gaza e evacuar cerca de oito mil colonos que vivem nos 21 assentamentos da região e de outras quatro áreas isoladas no norte da Cisjordânia.