Os médicos querem que as autoridades flexibilizem as regras de uso da morfina e ajudem a levar mais informaçao sobre o assunto aos profissionais da área médica. Com isso devem ser beneficiados pacientes com dores crônicas, especialmente os cancerosos, diabéticos, queimados e grande acidentados.
De acordo com Camargo, o uso de drogas analgésicas no Brasil ainda é restrito por causa do desconhecimento médico e da interpretaçào inadequada da legislaçao do setor por farmacêuticos e autoridades sanitárias estaduais. Por desconhecer a prescriçao adequada e a forma de utilizaçao segura das drogas os profissionais, segundo Camargo, expoe seus pacientes a sofrimento desnecessário.
O Brasil, informam os especialistas, usa 100 quilos de morfínicos por ano, enquanto a Inglaterra, com 10 milhoes de habitantes a menos do que o Estado de Sao Paulo, usa 1.800 quilos; a Dinamarca chega a 2.500 quilos e Uruguai consome 250 quilos anualmente.
Por causa da baixa utilizaçao, a Fundaçao do Remédio Popular (FURP) do governo paulista interrompeu a produçao de drogas morfínicas destinadas a pacientes de baixo poder aquisitivo. Mas a pedido da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor anunciou sua disposiçao de voltar à produçao, desde que lhe sejam apresentadas planilhas com estimativas do consumo semestral.
Durante o simpósio foi apresentado o projeto do senador Osmar Dias (PSDB-PR), em tramitaçao pelo Congresso, que disciplina o uso dos morfínicos.
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