Política Titulo Crime
Microfone é furtado na Câmara de Mauá

Equipamento ficava no plenário e sumiu na semana passada; BO e sindicância foram registrados

Raphael Rocha
Caio dos Reis
10/07/2015 | 07:19
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Montagem/DGABC


A Câmara de Mauá registrou BO (Boletim de Ocorrência) porque um microfone pago com dinheiro público foi furtado na semana passada. O custo de mercado do produto é de R$ 350. O caso também virou alvo de sindicância interna, liderada pelo diretor-geral da Casa, Matheus Martins Sant’Anna. Elvécio Firmino Batista, Luiz Claudio da Silva, Bruno Cesar Porto de Arruda e Regina Aparecida da Costa são os demais servidores destacados pela direção para apurar o crime.

O episódio é tratado com extremo sigilo na Câmara, porque não há suspeitos. Também não há confirmação se o furto foi flagrado pelo sistema de segurança de vídeo, que fica ativo principalmente durante as sessões. A única informação que se tem conhecimento é que o responsável pelo setor de equipamentos técnicos está de férias desde o mês passado – ou seja, fora do rol de suspeitos.

“Como tenho de prestar contas, preferi abrir essa sindicância e tentar apurar o que aconteceu, mas até o momento não existe nenhuma novidade. A única novidade é que estamos guardando os microfones após a sessão agora”, relatou o presidente da Câmara, Marcelo Oliveira (PT).

Como mandatário da Casa, Marcelo precisa relatar oficialmente todas as movimentações financeiras e administrativas ao TCE (Tribunal de Contas do Estado). O furto tem de ser comunicado oficialmente, pois faz parte de item adquirido com recurso público.

No Legislativo, microfones estão instalados na tribuna destinada aos vereadores e na mesa diretora. Os demais vereadores têm à disposição equipamento mais antigo, que fica na parte baixa do plenário.

A Câmara está de recesso desde a semana passada, após sessão extraordinária realizada na sexta-feira – foi aprovada doação de área para construção de unidades habitacionais nos moldes do Minha Casa, Minha Vida.

SEGURANÇA
Desde o ano passado, pressionada pelo Ministério Público, a Câmara de Mauá aumentou o circuito de segurança e de registro de servidores. Havia diversas denúncias de funcionário fantasma, porque sequer sistema eletrônico de ponto de presença existia na Casa.

O acesso ao Legislativo também foi reforçado. Antes, catracas ficavam desativadas, o que permitia a qualquer cidadão acessar o plenário e gabinetes. Também desde 2014 a entrada na Câmara está mais restrita, com exigência de cadastro em banco de dados do Parlamento. As medidas foram adotadas pelo ex-presidente da Casa Paulo Suares (PT) e foram mantidas por Marcelo.




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