A empresa Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) terá de explicar ainda nesta quinta à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) as causas da interrupção no abastecimento.
Cinco funcionários da Celesc faziam a manutenção do sistema nos cabos que passam sob a ponte Colombo Salles, que liga o centro de Florianópolis à parte continental. O botijão de gás que alimentava um maçarico usado pelos funcionários explodiu, causando um pequeno incêndio que acabou por romper o cabo de alta tensão que garante o abastecimento da ilha. Quando o cabo pegou fogo, dois dos funcionários se jogaram ao mar, mas foram resgatados em seguida.
Para resolver o problema, a Celesc vai passar um cabo entre as pontes Colombo Salles e Pedro Ivo. As obras devem atravessar a madrugada. As escolas e faculdades de Florianópolis já cancelaram as aulas da manhã.
Todos os bairros da ilha ficaram às escuras. Nos três maiores hospitais, as cirurgias tiveram de ser suspensas e o atendimento de emergência ficou concentrado aos casos mais graves. Os hospitais públicos da cidade passaram a operar com geradores.
O trânsito ficou completamente caótico. A travessia de 15 minutos pela Colombo Salles chegou a passar de 1h, pois apenas duas pistas continuaram abertas ao tráfego. Na tentativa de reduzir a lentidão, duas faixas da ponte Pedro Ivo, com fluxo de trânsito do continente para a ilha, foram liberadas para quem vinha no sentido contrário. Com isso, as duas pontes ficaram congestionadas.
Além de explicar à Aneel as causas do acidente, a Celesc terá de esclarecer à agência reguladora as medidas que adotou para evitar a repetição de ocorrências dessa natureza.
A Aneel vai analisar as explicações da Celesc e poderá estabelecer penalidades caso fique constatado que houve negligência por parte da companhia. As punições previstas na Resolução Aneel nº 318/1998 vão de advertência a multa, de acordo com a gravidade da situação.
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