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Polícia procura seguranças que atiraram em sem-terra
Do Diário do Grande ABC
31/12/1999 | 17:06
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A polícia ainda nao encontrou pistas dos seguranças que atiraram contra dois sem-terra durante tentativa de invasao articulada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) na Fazenda Três Pedras Córrego Branco, na cidade de Galiléia, a 380 quilômetros da capital mineira. Os feridos Paulo Papa Silva e Alan Carlos Garcia continuam internados no Hospital Municipal de Governador Valadares e passam bem.

O conflito ocorreu na quinta-feira passada, durante a madrugada. Um grupo de cerca de 90 sem-terra estava a caminho da fazenda quando foram surpreendidos na estrada, já na proximidade do local, pelos seguranças. As famílias, inclusive crianças, estavam sendo transportadas em dois ônibus, três caminhoes (um deles carregava um trator) e três carros. Líderes da tentativa de ocupaçao garantiram que nao trocaram tiros com os seguranças mas, de acordo com o coronel Luiz Carlos Albino, do 6º Batalhao da PM de Governador Valadares, foram apreendidos com o grupo diferentes armas (revólveres calibre 22, espingardas e garruchas) e muniçoes, além de cartuchos deflagrados.

Cinco dos sem-terra foram detidos, autuados em flagrante e liberados sob fiança. O grupo que tinha a esperança de invadir a Fazenda Três Pedras Córrego Branco voltou para o acampamento de onde saíram na cidade de Periquito, uma área da empresa Acesita Energética. Os sem-terra alegam que a fazenda foi vistoriada pelo Incra e considerada improdutiva, mas o órgao, em Belo Horizonte, informou que o processo está em andamento e nao existe ainda qualquer laudo sobre a área que pertence ao casal Said Mansur e Edir Mansur.

Os proprietários, de acordo com o coronel Albino, negaram que tenham colocado seguranças para proteger a área. A polícia, entretanto, destacou que Edir Mansur procurou ajuda policial há 15 dias, porque temia a invasao. O comandante do 6º Batalhao garantiu que a fazenda estava sendo alvo de rondas permanentes.




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