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Sem ler, vereadores de Mauá criticam Plano Municipal de Educação

Parlamentares admitem que não sabem teor, mas atacam proposta educacional de Donisete

Caio dos Reis
Especial para o Diário
01/07/2015 | 07:00
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Mesmo sem ler o projeto na íntegra, vereadores de Mauá atacaram ontem o PME (Plano Municipal de Educação) nos itens relacionados à ideologia de gêneros. Alguns parlamentares admitiram publicamente que ainda não se debruçaram sobre o texto, mesmo assim criticaram a proposta encaminhada no fim da semana passada pelo prefeito Donisete Braga (PT).

A questão de ideologia de gênero tem causado polêmica nos Legislativos. Grupos de esquerda dizem que os artigos servem no combate ao preconceito, pois diminuir as diferenças entre homens e mulheres. Já setores evangélicos acreditam que haverá deturpação da família, pois a criança não saberá distinguir sexos e opções sexuais.

Adelto Cachorrão (PP) foi um dos vereadores a utilizar a tribuna para condenar o PME e, ao mesmo tempo, reconhecer que não sabe o teor do texto enviado por Donisete. “Sou favorável à família e minha posição é clara, sou contra a esse projeto. Ainda não fiz a leitura por completo, mas quem tem de ditar a questão de sexualidade é a família e não a escola”. Wagner Rubinelli (PT) seguiu a mesma linha.

O líder do governo na Casa, José Luiz Cassimiro (PT), criticou, sem citar nomes, as pessoas que falaram sobre o texto sem conhecê-lo. “Tem muitos falando coisas que não estão escritas e achando que sabem de alguma coisa. Eu li o projeto todo e participei das conferências. Não está escrito nada além de querer acabar com a intolerância, sempre seguindo as diretrizes do plano nacional”, disse o vereador. O projeto será analisado na volta do recesso parlamentar, em agosto.




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