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Diadema supera previsão de receita
Leandro Baldini
Da Sucursal de Diadema
31/05/2008 | 08:26
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O repasse de R$ 32,6 milhões feito pelo banco Bradesco à Prefeitura de Diadema garantiu aos cofres públicos um acréscimo de 149,9% na previsão de receita do primeiro quadrimestre. A verba é referente ao aporte financeiro do banco para administrar as contas de 6.599 funcionários públicos.

Segundo o balanço do período (janeiro a abril) - apresentado nesta sexta-feira na Câmara pela Secretaria de Finanças - a receita alcançou a casa dos R$ 211,2 milhões, superando, assim, a projeção inicial do orçamento, de R$ 140,8 milhões.

Os números demonstram que, somente neste primeiro quadrimestre, a cidade garantiu 45% da receita corrente do ano, estimada em R$ 466,6 milhões.

Por nota, a Prefeitura de Diadema informou que: "O recurso repassado pelo Bradesco fez com que indicadores como gastos com pessoal, por exemplo, não reflitam a tendência para o ano todo".

Segundo a nota, a situação é inversa. "Como no primeiro quadrimestre o ingresso de receitas, em sua maioria de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), é maior, acaba por não representar o comportamento do orçamento ao longo deste ano. A situação estará mais consolidada nos próximos quadrimestres".

Comemoração - Os resultados obtidos pelo município, na opinião do líder de governo na Câmara, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), são motivos de festa, em razão de um histórico desvantajoso de seqüestros de receita. Somente no ano passado, o município sofreu a retirada de R$ 9,4 milhões dos cofres públicos para pagamento de precatórios. "Essa dificuldade sempre assombra qualquer administração. Então, quando conquistamos números positivos temos de comemorar", destaca Maninho.

O parlamentar também destaca que o valor empregado com a verba obtida pelo repasse do Bradesco foi uma decisão acertada da Prefeitura. A administração efetuou um pacote de benefícios e quitou parte das dívidas com os fornecedores, que estava estimada em R$ 22 milhões e envolvia mais de 100 empresas.

Oposição - Na opinião do vereador Wagner Feitosa, o Vaguinho (PSB), a população não pode se iludir com os resultados alcançados. "É uma situação real, mas que não se repetirá em um futuro próximo. Não acho que a Prefeitura vá vender mais alguma coisa para garantir um montante como esse do banco", afirma.

O parlamentar destaca que os próximos meses serão os mais críticos. "Daqui para frente, teremos que seguir na fiscalização, pois o dinheiro vai diminuindo. É importante ver se a Prefeitura não repetirá atrasos nos pagamentos, como ocorreu no passado com os fornecedores e funcionários", comenta.




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