O traficante Celso Luís Rodrigues foi preso na manhã desta terça-feira na favela da Vila Vintém, em Padre Miguel, no Rio de Janeiro. Houve uma breve troca de tiros entre dos policiais da Delegacia de Roubos e Furtos e os homens que faziam a segurança dele, mas ninguém ficou ferido. O criminoso, que era um dos mais procurados do Estado, não ofereceu resistência, mas afirmou que continuará comandando o tráfico mesmo depois de preso.

Celsinho da Vila Vintém, como é conhecido, já foi condenado a 82 anos de prisão e estava foragido há cinco anos. Ele atualmente controla o tráfico na zona Oeste do Rio e é um dos líderes da facção Amigo dos Amigos (ADA), à qual também pertence o traficante Uê. Em aliança com a facção Terceiro Comando, a ADA vinha ganhando espaço nas bocas-de-fumo dos morros cariocas.

Luís Rodrigues, de 40 anos, já afirmou que movimenta com o tráfico R$ 50 mil por semana na favela da Vila Vintém e na favela Curral da Éguas. Destes, 10 mil ficam com o Celsinho. Ele negou conhecer o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

O governo estava oferecendo uma recompensa de R$ 50 mil de recompensa para quem, por meio do disque –denúncia, desse uma pista para a prisão do traficante. Porém, os policiais afirmam que chegaram até Celsinho depois de uma longa investigação.

De acordo com investigadores da polícia, em troca do silêncio da comunidade, o traficante oferecia à população da Vila Vintém alimentação, cesta básica e assistência médica.

A busca por outros líderes do tráfico de drogas prossegue no Estado do Rio como Linho, líder do Terceiro Comando, e Elias Maluco, do Comando Vermelho (CV).

Além de tráfico de entorpecentes, Celsinho responde pelos crimes de homicídio e roubo a banco. Ele será encaminhado ao presídio Bangu 1, onde está também Uê e Fernandinho Beira-Mar.

O Secretário de Segurança, Roberto Aguiar, que foi até a Delegacia de Roubos e Furtos para cumprimentar os policiais que prenderam o traficante, afirmou que Celsinho será monitorado por agentes permanentemente para impedir que sua ameaça, de continuar controlando o tráfico, seja colocada em prática.