No acumulado do ano, o custo médio aumentou 4,52%.  Segundo a Craisa, dos quatro grupos pesquisados, três registraram alta. A elevaçao mais expressiva foi registrada no de alimentos industrializados, de 1,73%. O grande aumento da semana foi de 14,29%, no pao francês. A pressao de alta no mercado do trigo no atacado no último mês acabou refletindo no varejo.

De acordo com a pesquisa, a falta de política agrícola séria para o setor obrigou o Brasil a importar 75% do trigo consumido. A farinha de trigo (2,41%) e a bolacha salgada (1,72%) também foram pressionadas pela alta. 

A carne bovina de 1ª foi outra surpresa da semana, tendo reajuste de 9,41%. Agora o produto está custando em média R$ 6,16 o quilo. A carne de 2ª apresentou queda de 3,32%. O frango teve uma elevaçao de 1,18%, passando a custar R$ 1,71. O café teve reajuste de 2,8% e o preço médio ficou em R$ 3,31 o pacote de 500 gramas. O feijao registrou alta de 0,91%. A elevaçao é atribuída às suspensoes das promoçoes feitas por algumas redes.

Outros alimentos que estao mais caros nas prateleiras dos supermercados sao a margarina cremosa (3,95%), custando R$ 1,58% o pote de 500 gramas, e a sardinha (3,36%). A margarina nao deve registrar grandes altas nas próximas pesquisas, pois o país está bem abastecido de soja. As quedas da semana foram a bolacha doce (-1,35%) e o leite (-3,39%). 

A tendência é que o leite continue recuando com a entrada da nova estaçao, quando haverá grande oferta do produto. Os alimentos que permaneceram estáveis foram o açúcar, o fubá, a farinha de mandioca, o óleo de soja e o arroz, que nao deverá registrar altas expressivas nas próximas semanas devido novamente ao bom abastecimento do mercado.

O grupo de higiene pessoal teve alta de 0,41%, puxado pelo sabonete (5,56%) e pelo creme dental (1,98%). O papel higiênico teve queda de 0,57%. O grupo de limpeza doméstica apresentou reajuste de 1,91%. O detergente (3,57%) e o sabao em pó (3,18%) pressionaram a alta. A esponja de aço registrou queda de 1,69% e o sabao em barra permaneceu estável.

O único setor que apresentou retraçao foi o de hortigranjeiros (-1,32%). A queda foi puxada pela laranja, que recuou 20%, o alface (-9,09%), os ovos (-1,33%) e o tomate (-1,22%). A batata teve reajuste de 5,77% e a banana, de 2,44%. A cebola foi o único item que permaneceu estável.

Segundo a Craisa, a variaçao da cesta ainda é reflexo da alta das tarifas públicas e dos alimentos, ocorridas em julho e agosto, que está começando a exercer menor pressao este mês, refletindo no custo médio. nColaborou Daniela Nogueira