Os resultados preliminares dos exames, segundo a entidade, indicam que execuçoes sumárias, prisoes ilegais e torturas sao práticas sistemáticas.

Uma pesquisa realizada junto a 360 chechenos, escolhidos ao acaso entre os refugiados acampados na república de Inguschetia, na fronteira com a Chechênia, indica que pelo menos a metade já assistiu como os soldados russos matam os civis. "As forças federais russas prendem os civis de maneira brutal e arbitrária, em sua maioria homens, mas também mulheres", disse Doug Ford, coordenador da pesquisa da MDH.

Agora, a organizaçao luta para que o governo Bill Clinton condene as práticas russas como crimes de guerra e exija uma prestaçao de contas das autoridades de Moscou. As imagens veiculadas sexta-feira pela emissora de televisao N-24 e transmitidas inúmeras vezes pela televisao russa mostram vários corpos em uma fossa comum, com os pés amarrados por arames. Pelo menos um deles estava com a orelha cortada.

Fontes do governo russo informaram que tudo nao passava de propaganda. As imagens nao mostram como os homens morreram. Alguns deles pareciam vestir uniformes de camuflagem, mas nao se pôde determinar se eram mesmo rebeldes chechenos.

A ediçao de sábado do Izvestia, um dos principais jornais do país, tem uma versao diferente. O jornal informou que as imagens foram obtidas por seus correspondentes na Chechênia e encaminhadas à rede alema de televisao.

"A empresa alema apresentou como atrocidades por parte do Exército russo coisas que nao correspondem à verdade", afirma um artigo da primeira página. "Os soldados sepultavam os corpos de pistoleiros que os moradores locais nao conseguiram identificar". Ford assegura que o MDH tem provas de pelo menos nove casos de tortura.