Sonho de consumo de dez entre dez casais, as estonteantes ilhas gregas tornam-se cada vez mais frequentadas por um público diversificado, que em comum busca diversão aliada a luxo, exuberância e beleza. Quem deseja desfrutar as tentações do arquipélago mediterrâneo encontra nestes paraísos marítimos uma excelente opção.

Em alta temporada desde abril, as quase 2.000 ilhas - 166 delas habitáveis -, provocam suspiros pelo romantismo, a sofisticação e as praias paradisíacas. Na terra dos deuses, a grandiosidade dos templos e o esplendor das ruínas inspiram casais apaixonados e travam um embate entre beleza natural e construções antigas em que o vencedor é o visitante.

Uma das mais famosas é Mikonos, pertencente ao arquipélago de Cíclades, que abrange 56 ilhas espalhadas pelo Mar Egeu. O lugar é o próprio Éden e encanta tanto pela exuberância natural de suas praias quanto pelas construções religiosas que transbordam de suas ruas. Há 365 igrejas em Mikonos, uma para cada dia do ano e dedicada a um santo específico, afora os pequeninos templos em quintais familiares usados para casamentos e batizados.

Apesar de tanta religiosidade, Mikonos também é conhecida como ponto de encontro dos homossexuais já há alguns anos, e possui uma das vidas noturnas mais agitadas da Grécia. Aos mais conservadores, vale avisar que por suas praias quase todos divertem-se como vieram ao mundo, principalmente nas orlas de Paradise e Superparadise, consideradas paraísos gays.

Na ilha de Paros, também em Cíclades, o nudismo prossegue pelas praias de Kolibitres e Santa Marina, enquanto na de Monastiraki o destaque fica por conta das formas rochosas, que lembram silhuetas de animais. Já a ilha de Ios é sinônimo de balada das boas, e responsável pela fama que a Grécia adquiriu nos último tempos de ser um dos melhores destinos do mundo para se curtir música eletrônica. Uma boa sugestão para quem não pensa em ser santo tão cedo.

Aos que pensam, o destino deve ser outro: Pátmos, onde o interesse é predominantemente religioso. Diz-se que João Evangelista escreveu ali o Apocalipse, depois de ouvir Deus pela fenda de uma rocha.

Outras ilhas são inabitadas, mas abertas à visitação. É o caso da mitológica Delos, terra natal de Apolo, à qual se tem acesso a partir de Mikonos. Embora sem moradores, a alma dos deuses permanece intacta em Delos, seja no terraço dos leões em mármore (de 7 a.C.), no Colosso de Naxos ou no templo de Dionísio, onde está conservado o famoso mosaico com o deus sentado sobre uma pantera, além do monumento de Cleópatra.

DODECANESO

À direita do arquipélago de Cíclades está o Dodecaneso: 12 ilhas enfileiradas com a costa da Turquia. A mais conhecida é a de Rhodes (terra de Hélios, o deus grego do sol), onde os visitantes lançam-se à procura dos vestígios do Colosso de Rhodes, uma das Sete Maravilhas da Antiguidade.

Uma boa opção de passeio é ultrapassar as portas da muralha construída na época dos Cavalheiros de São João (século 14) e conferir os ares românticos da cidade velha em meio às ruelas e casas medievais.

Também é em Rhodes que se encontram o importante sítio arqueológico de Camiros - cidade que entrou em decadência a partir de 408 a.C. - e o povoado de Lindos, com a cidadela fortificada no topo da colina, misturando traços de arquitetura islâmica, bizantina, medieval e árabe. Como o próprio nome indica, as praias de Lindos são de beleza irretocável; realmente lindas!