"Temos observado, em alguns casos, que há exagero nas matrículas", afirmou, nesta segunda, antes de iniciar a aula magna de inauguraçao do curso superior do Instituto de Educaçao do Rio. "A partir dos dados do Censo Demográfico e da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), e das projeçoes que fazemos de aumento de matrículas e migraçoes, nós verificamos se há esse exagero e mandamos fazer uma auditoria". O ministro nao apresentou os números relativos à fraude.
Ele explicou, no entanto, que é preciso publicar os resultados até 30 de novembro de cada ano, antes que seja liberado o repasse do Fundef para o ano seguinte. Paulo Renato afirmou que esse procedimento vem permitindo que o número de fraudes seja reduzido censo a censo. As respostas do recenseamento deste ano, que está sendo aplicado a 215 mil escolas em todo o País, começam a ser entregues quarta-feira, Dia Nacional do Censo Escolar, e o prazo vai até 30 de abril.
Autonomia- O ministro anunciou que, logo após a Semana Santa, pretende enviar aos reitores das universidade públicas e à Associaçao Nacional de Docentes do Ensino Superior (Andes) o projeto de lei sobre autonomia universitária. Otimista, Paulo Renato acha que pode enviar o projeto ao Congresso em abril - embora a Andes tenha apresentado restriçoes às propostas do governo. "Talvez nao tenhamos chegado ao consenso, mas à aprovaçao da maioria da comunidade universitária", avaliou.
Durante a aula magna, o ministro passou pelo constrangimento de ouvir o diretor do Instituto de Educaçao, William Campos, petista ligado à vice-governadora Benedita da Silva, declarar que nao votou em Fernando Henrique Cardoso e, num tom inflamado, pregar a uniao das autoridades de educaçao contra a privatizaçao das universidades públicas. Mas Paulo Renato deu o troco: diante do secretário estadual de Educaçao, Hésio Cordeiro, elogiou os resultados do Fundef, contra o qual o governador do Rio, Anthony Garotinho (PDT), entrou com uma açao de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF).
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