A multinacional japonesa Yakult vai produzir 11 produtos de sua linha de tratamento facial na fábrica da empresa, em São Bernardo, a partir de setembro. O investimento é de R$ 1 milhão e serão criados 30 novos postos de trabalho. Atualmente, a Yakult comercializa cosméticos importados da unidade do Japão e fabricados por empresas terceirizadas, em São Paulo. A verba será usada para compra de maquinário e adaptação das instalações já existentes.

Com a transferência gradual de parte da produção para a fábrica de Lorena, no interior de São Paulo, que começou há oito anos, a unidade da região passou a produzir apenas suplementos vitamínicos e sobremesas lácteas. A fabricação do tradicional Yakult passou completamente para a unidade de Lorena em 2001. "A fábrica está parcialmente vazia e vamos aproveitar os espaços ociosos", disse o vice-presidente de Pesquisa e Planejamento da Yakult, Sadao Iizaki.

Segundo Iizaki, a fabricação de cosméticos no Brasil traz benefícios em relação à importação dos produtos feitos no Japão. "A grande vantagem é que pagaremos menos impostos", disse. A Yakult vende cosméticos no país há cerca de cinco anos, com linhas de maquiagem, tratamento facial, corporal e capilar.

A fábrica, que emprega 80 pessoas, foi construída em 1969. As modificações nas instalações começaram em março. Iizaki preferiu não falar sobre o tamanho da nova produção. "Tudo vai depender de como o mercado irá responder. Poderemos, inclusive, ampliar a lista dos 11 produtos iniciais", disse.

A Yakult comercializa cosméticos no sistema de venda direta, com vendedoras autônomas que vão de casa em casa. A empresa conta também com duas lojas em São Paulo, uma na avenida Paulista e outra na rua Galvão Bueno, na Liberdade.

No campo alimentício, a empresa trabalha com o tradicional leite fermentado, suco de maçã e extrato de soja, além dos suplementos vitamínicos e sobremesas lácteas fabricadas em São Bernardo.

Empório – O Empório Bothânico Cosméticos deixou Diadema no final de maio e mudou-se para o Ipiranga, em São Paulo, por causa do preço alto dos aluguéis e da falta de opções de imóveis no município. "O fator mais importante para a mudança foi o custo/benefício entre preço e espaço. A falta de segurança também pesou, já que fomos assaltados várias vezes", informou o gerente de marketing da empresa, José Roberto Rodrigues. Segundo Rodrigues, o Empório paga, no Ipiranga, metade do valor do aluguel que pagava em Diadema por um imóvel quatro vezes maior.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Diadema, Humberto Domingues, o município possui mesmo preços maiores de aluguel. "Como a cidade é menor, os preços são mais homogêneos. Outros fatores, contudo, compensam os aluguéis", disse.

Domingues acredita que a segurança e a logística são pontos positivos para Diadema. "Os índices de violência diminuíram muito e o município está bem localizado, próximo à via Anchieta e outras vias de acesso. A saída do Empório Bothânico foi um caso isolado", disse. A empresa tem 55 funcionários diretos (todos permanecerão na companhia, apesar da mudança) e 1,9 mil trabalhadores de empresas terceirizadas.