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Greve nos Correios
para 1,5 mi de objetos
Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
16/09/2011 | 07:23
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O número de objetos parados nos Correios, que incluem cartas, telegramas e encomendas deve alcançar hoje, terceiro dia de greve na região, a marca de 1,950 milhão de itens não entregues. É o que estima o diretor de formação do Sindicato dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos da Capital e Grande São Paulo, Anderson Lima de Moraes.

Segundo ele, ontem apenas 100 mil objetos, da média diária de 750 mil, foram enviados; até então, estavam encalhados 1,5 milhão.

Os carteiros do Grande ABC e do País decidiram, em reunião realizada ontem, manter os braços cruzados. Pelo menos até segunda-feira, tempo fixado para que a ECT envie proposta que possa ser apresentada na data.

Na quarta-feira, a empresa já havia informado a suspensão dos serviços de entrega com horário marcado, como Sedex 10, Hoje e Disque-Coleta.

"A quantidade de objetos entregues não deve nem estar batendo nos 100 mil na região", afirma Moraes, que vê na paralisação quase total da distribuição o principal motivo para emperrar as entregas.

O Grande ABC abriga 17 centros de distribuição dos Correios, dos quais a maioria, cinco unidades, fica em Santo André. Além disso, há dois centros de encomendas, localizados em Santo André e São Bernardo, que as repassam para todos os municípios. Também há um centro de tratamento de correspondências, sediado na Avenida dos Estados, na cidade andreense.

Todos estão operando com efetivo reduzido em 90%, de acordo com estimativas do sindicato. Nas 22 agências dos Correios da região, a paralisação atinge 5% dos trabalhadores.

Ao todo, existem 1.500 funcionários do setor na região, que ganham em média R$ 950. O menor salário da categoria é de R$ 807, o sindicato pede aumento para R$ 1.635. A proposta dos trabalhadores foi entregue há 43 dias aos Correios.

SEM ACORDO - A greve foi motivada porque a ECT havia proposto corrigir os salários em 13% (elevando o piso para R$ 911,90), além de pagamento de abono de R$ 800, com recebimento marcado para hoje. No entanto, após anúncio de greve, a companhia retirou a proposta e disse que só voltaria a negociar após retorno às funções. Afirmou ainda que haveria desconto dos dias paralisados, que até segunda-feira irão somar quatro dias.

CUIDADOS - Especialistas do Procon e da Federação Brasileira de Bancos vêm orientando o consumidor desde ontem a ficar atento aos seus boletos. Isso porque o não recebimento da fatura não significa que haverá isenção de multa e juros a pagar.

A dica é buscar contato com fornecedores pedindo pela segunda via do papel. E também os dias dos vencimentos recorrentes e eventuais débitos a pagar durante paralisação.

Serviços públicos contam com postos de atendimento físico e podem emitir segunda via. Se empresas dificultarem alternativas de pagamento, Procons podem ser procurados.

 




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