Começou o efeito entressafra no preço do álcool. Com o fim do ano e da produção da cana-de-açúcar, o preço do combustível inicia sua rota de subida. De acordo com o cálculo do Diário, com base no levantamento da ANP (Agência Nacional de Petróleo), o custo do litro do álcool subiu 4,33% no Grande ABC na semana entre 24 e 30 de dezembro. Hoje, o produto é vendido a um valor médio de R$ 1,23.

O aumento de preços já era esperado por produtores, distribuidores e postos de combustível. Isso porque todo começo de ano é o mesmo processo. No início de 2006, por exemplo, o litro do álcool chegou a R$ 1,99 em alguns postos das sete cidades. No entanto, a Unica (União da Agroindústria Canavieira de São Paulo), entidade que representa o setor, descarta uma repetição do ano passado.

De acordo com o diretor técnico da entidade, Antonio de Padua Rodrigues, por causa da mudança de mercado – carros flex podem fugir do álcool se ele estiver caro – e uma melhora nas condições de armazenamento da produção, a influência da entressafra no preço do combustível é cada vez menor. Até o governo federal descartou que o preço vá aumentar muito e, caso contrário, pretende agir para segurar as altas.

Porém, a entressafra ainda faz seu estrago: no Estado de São Paulo (que tem preço médio atual de R$ 1,252), o aumento na última semana de 2006 foi de 3,05%.

Na região, todas as cidades viram aumento no álcool. O maior foi em Ribeirão Pires (6,47%), seguido por São Bernardo (5,53%) e Diadema (5,48%). Depois vem Santo André (4,31%), Mauá (2,51%) e, por fim, São Caetano, com 1,72%.

A cidade com o menor preço médio é Mauá (R$ 1,183) e em segundo lugar está Santo André (R$ 1,21). Na outra ponta, os postos de combustíveis de Ribeirão Pires vendem o combustível mais caro na média (R$ 1,267), pouco acima do valor registrado em São Bernardo (R$ 1,26).

Combustíveis - Enquanto isso, o maior concorrente do álcool, o GNV (Gás Natural Veicular), ficou praticamente estável na semana, com queda média de 0,18% nos postos do Grande ABC. Os estabelecimentos de São Bernardo fizeram sua parte para derrubar o custo – com queda de 2,72% do preço médio. Por outro lado, em Diadema houve alta de 1,92%.

A gasolina também ficou praticamente estável, com alta de 0,3% na região. Em Santo André, Mauá e Ribeirão Pires o preço médio ficou estável, mas em Diadema e São Bernardo houve aumento – 1,08% e 0,92%, respectivamente. São Caetano ajudou um pouco o motorista, com queda de 0,42%.