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Senadores pedem muro com México para combater imigração ilegal
Da AFP
09/03/2006 | 23:33
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A Comissão Judiciária do Senado americano que debate a reforma migratória aprovou nesta quinta-feira emendas a um projeto de lei para construir um muro de 80 quilômetros ao longo da divisa com o México e contratar mais 12 mil agentes em dois anos com o objetivo de controlar melhor a fronteira.

Os senadores aprovaram a emenda do colega Jon Kyl (republicano) para acrescentar cercas fronteiriças próximo a várias cidades do Arizona e expandir o uso de barreiras móveis em pelo menos 320 km da fronteira.

Kyl esclareceu que não é favorável, porém, à medida defendida por alguns senadores de construir um muro por toda a fronteira de 3.200 km com o México. "Não a apóio por razões práticas ou fiscais, assim como pelo sinal que envia aos nossos vizinhos para o norte e para o sul", explicou.

A Comissão Judiciária debate, atualmente, o rascunho do projeto de lei elaborado por seu presidente, Arlen Specter (republicano, Pensilvânia), que tenta conciliar posições para poder levar um texto consensual à plenária da Casa na semana de 27 de março.

Specter propôs a criação de uma "cerca virtual" que utilizaria câmeras e tecnologia avançada para detectar a imigração ilegal em trechos da fronteira.

A Comissão também aprovou uma emenda que prevê a contratação de 12 mil agentes de fronteira adicionais em dois anos, mais do que Specter sugeriu.

Atualmente, a Patrulha Fronteiriça dispõe de 11 mil agentes, mas avalia que precisa de até 25 mil para impedir a entrada de milhares de imigrantes clandestinos pelo México.

O rascunho propõe criar vistos de trabalho temporários para estrangeiros por três anos, renováveis uma única vez, mas também conceder permissões de trabalho (chamadas de "cartão dourado") aos ilegais que já estão no país, com duração de dois anos e renováveis indefinidamente, mas sem qualquer chance de obter a cidadania.

A emenda do democrata Richard Durbin (Illinois) para impedir que se considere como criminosas as pessoas com status migratório ilegal e para impedir que as igrejas e o pessoal médico e de resgate sejam processados por ajudá-los será votada mais adiante.

A Comissão continuará discutindo a reforma migratória na próxima semana.

O projeto de lei aprovado na Câmara Baixa é duro. Transforma em crime o fato de viver nos EUA sem autorização e pune as pessoas que ajudarem terceiros a entrar ilegalmente no território, assim como quem os empregar. Não propõe a criação de um programa de trabalhadores temporários estrangeiros e muito menos a legalização dos que já se encontram no país.




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