Especialistas americanos previram nesta terça-feira uma temporada ciclônica no Atlântico muito ativa, com a formação de 17 tempestades, das quais nove podem se transformar em furacões. Existem grandes possibilidades de que toquem a terra nos Estados Unidos e Caribe.

Entre as razões citadas pelos cientistas para a intensa atividade está o desaparecimento do fenômeno ‘El Niño’, um aquecimento do Pacífico que tende a anular a atividade ciclônica no Atlântico e que esteve ativo ano passado, quando a temporada foi bastante tranqüila.

Quando o fenômeno provoca esfriamento no Pacífico centro-oriental se chama ‘La Niña’ e os cientistas acreditam que a mesma deve se desenvolver durante o verão (hemisfério norte).

"Aumentamos nosso prognóstico para a temporada 2007 em grande parte devido à rápida dissipação das condições do El Niño. Agora estamos antecipando uma temporada de furacões muito ativa. As probabilidades de impacto em terra estão acima da média a longo prazo", afirmaram Philip Klotzbach e William Gray, da Universidade Estadual do Colorado.

Segundo os especialistas, dos nove furacões que devem se formar, cinco podem ser "intensos", de categoria 3 (ventos a partir de 178 km/h) ou mais na escala Saffir-Simpson, que vai até cinco.

De acordo com os cientistas, as probabilidades de um furacão intenso afetar as costas norte-americanas são de 74%. A temporada ciclônica do Atlântico vai de 1º de junho a 30 de novembro.

O ano passado foi relativamente tranqüilo, mas em 2005 foram batidos todos os recordes de atividade ciclônica, com a formação de 28 tormentas, sendo 15 furacões, incluindo os mortais ‘Stan’ (dois mil mortos na Guatemala) e ‘Katrina’ (1,5 mil mortos nos EUA).