Encerrada há 21 dias, a greve dos servidores de São Bernardo – a maior da história, perdurando por 22 dias –, foi tema ontem em plenária do OP (Orçamento Participativo), realizada na Vila Ferreira, e expôs o prefeito Luiz Marinho (PT) a críticas por funcionários, que o acusaram de desvalorizar categoria.

O enquadramento foi feito pela servidora efetiva Clícia Oliveira de Campos, 28 anos, moradora do bairro, que enfatizou falta de valorização do governo petista à classe. “A greve foi o estopim, porque a desvalorização da classe ocorre há muito tempo. Não há diálogo. Gostaria que o OP servisse para destacar o funcionário e não somente projetos e obras”, criticou.
Refutando o questionamento, alegando “ampla valorização da classe”, Marinho tratou por culpar diretamente o corpo diretivo do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) pela durabilidade da greve.

“A paralisação realizada foi justa. Depende da avaliação. Eu diria que foi precipitada, embora respeite, porque faltou bom-senso à direção do sindicato, que não acatou minha sugestão de esperar negociação do reajuste salarial para a segunda quinzena de maio ao iniciar greve no dia 13”, atacou o petista.

A frase gerou contestação de outros servidores presentes, mas o prefeito novamente enfatizou críticas. “O resultado alcançado da greve seria obtido sem nenhum minuto de paralisação”, adicionou o chefe do Executivo.

Novamente Marinho voltou a atacar o Diário, mas, desta vez, não citando nominalmente. “A imprensa da região mente, desinforma. Parece um grande panfleto político de tucanos e dos meus adversários. Mas não há problema, vou enfrentar”, afirmou.