Economia Titulo Setor automotivo
GM eleva PLR, mas sindicato recusa oferta

Empresa ofereceu 1ª parcela da bonificação
no valor de R$ 5.000 a ser paga no mês de julho

Leone Farias
24/06/2015 | 07:02
Compartilhar notícia
Arquivo pessoal


Terminou sem acordo a segunda reunião entre representantes da GM (General Motors) e dos trabalhadores para definição da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) que será paga aos cerca de 10,5 mil funcionários da fábrica de São Caetano. A empresa propôs ontem a antecipação da bonificação no valor de R$ 5.000 na metade de julho. Na semana passada, a companhia havia oferecido R$ 4.500. O valor da segunda parcela será negociado posteriormente.

Após rejeitar a proposta, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, deu prazo até hoje para que a montadora eleve o valor da gratificação. “Não queremos fazer greve neste momento, mas, se não houver acordo, temos que usar nossas armas. A paralisação é uma delas”, comenta. Não há data marcada para nova reunião.

Apesar de considerar que a oferta da empresa não atende às necessidades da categoria, Cidão não informa qual valor julga adequado para a PLR. No ano passado, a primeira parcela recebida pelos funcionários da fábrica foi de R$ 7.500. Ao todo, a bonificação paga para cada um dos empregados chegou a R$ 13,3 mil – o restante foi depositado em janeiro. O acordo feito em 2014 previa que, se 100% das metas de produção fossem atingidas, o benefício chegaria a R$ 13,8 mil.

Procurada para comentar sobre as negociações, a GM não se manifestou até o fechamento desta edição.

RETORNO - Está previsto para segunda-feira o retorno de aproximadamente 5.500 funcionários do chão de fábrica ao trabalho. A fábrica suspendeu a produção na unidade de São Caetano entre os dias 1º e 28 para adequar a produção à queda na demanda de mercado. Até o dia 10, os empregados tiveram licença remunerada. De 11 de junho até esta sexta-feira, os operários foram colocados em férias coletivas. Além desse grupo, cerca de 1.400 colaboradores estão em lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho).

A empresa foi questionada pelo Diário sobre a possibilidade de renovação do período de afastamento, mas não respondeu. Também não informou se pretende reduzir o quadro de funcionários.

No mês passado, a GM chegou a paralisar a produção, simultaneamente, em suas cinco fábricas do País. Além de São Caetano, a montadora possui unidades em São José dos Campos e Mogi das Cruzes, ambas em São Paulo; Gravataí (Rio Grande do Sul) e Joinville (Santa Catarina).

A produção de veículos automotores no País foi de 210 mil unidades em maio, o pior desempenho desde 2005. Naquele mês, o estoque chegou a 361,1 mil carros.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;