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Azulão eleva preços de
ingressos e gera polêmica
Dérek Bittencourt
Marco Borba
31/03/2011 | 07:12
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Ingresso mais caro gera polêmica entre Azulão e Tigre

 

Polêmica às vésperas do clássico de sábado entre São Caetano e São Bernardo, no Anacleto Campanella. O Tigre reclama do aumento no preço dos ingressos aplicado pela diretoria do mandante para o jogo: a cadeira coberta custará R$ 60, enquanto a arquibancada descoberta e visitante, R$ 40. O valor (integral) é o mesmo cobrado no confronto com o Palmeiras. Do outro lado, o Azulão se defende e diz não temer a invasão da torcida adversária.

A queixa do presidente do São Bernardo, Luiz Fernando Teixeira, é que diante do Bragantino, por exemplo, o São Caetano cobrou R$ 40 para as cadeiras cobertas e R$ 30 arquibancada. A medida gerou desconforto entre os dirigentes do São Bernardo, que gostariam de levar um grande número de torcedores ao campo do adversário.

De acordo com Teixeira, a postura do time vizinho prejudica torcidas das duas agremiações. "A medida não é positiva ao futebol regional nem ao local, porque não se estará cobrando mais caro apenas da nossa torcida, como da deles também. O preço alto não ajuda ninguém", disse o dirigente, que cutucou . "Se o São Caetano fizer um preço justo, não tenho dúvidas que vamos pintar o Anacleto de preto e amarelo", afirmou.

O presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, não considera os valores abusivos nem teme afugentar os torcedores por conta dos valores cobrados. "Não tememos nenhuma invasão da torcida do São Bernardo. Por mim acharia excelente se trouxessem 8.000 pessoas. Lá eles conseguem vender ingressos a R$ 10 porque são bancados por alguma grande empresa. Aqui não tenho isso. Colocamos o mesmo valor do jogo do São Paulo e do Palmeiras porque é um clássico regional, é um jogo histórico e também porque 90% dos torcedores pagam meia", justificou.

O São Caetano colocou à venda ontem carga inicial de 3.000 ingressos. O Tigre pediu um terço para seus torcedores. "Estamos em tratativa com o Nairo e devemos pedir no mínimo 1.000 ingressos para um local reservado em que cabem 1.200 torcedores. Mas ainda não está fechado", disse Teixeira, que mais uma vez instigou o adversário. "O estádio estará vazio de um lado e cheio do outro, com nossos 1.200."

Segundo informou o São Caetano, porém, a torcida do Tigre ficará posicionada na arquibancada laranja, com capacidade para cerca de 5.000 pessoas, enquanto que a do Azulão ficará no setor Azul, com 2.300 lugares.

O São Bernardo vai colocar ônibus gratuito saindo do 1º de Maio. O clube também tenta acordo com parceiros para ajudar a levar os torcedores ao Campanella. "A torcida tem nos acompanhado fielmente dentro e fora de casa e merece", concluiu Teixeira.

 

Jogadores não temem invasão vizinha

 

O São Caetano diz não temer uma invasão da torcida adversária, sábado, no primeiro jogo de sua história diante do São Bernardo, no Anacleto Campanella. O Tigre tem levado a seus jogos, no Estádio 1º de Maio, cerca de 10 mil torcedores e já teria pedido a reserva de 1.000 para o confronto com o Azulão.

Caso o clube realmente leve ao menos 1.000 torcedores a São Caetano, vai provocar uma situação inusitada entre duas equipe consideradas pequenas, visto que o Azulão tem levado a seus jogos na condição de mandante em média 300 testemunhas por partida.

 

"O importante é sempre ver torcida no estádio, seja nossa ou dos adversários. Se eles vierem em grande número isso só vai abrilhantar o jogo. Isso é bom, independentemente de ser um time grande ou não. Nossa torcida é pequena mas também nos apoia bastante", disse o goleiro Luiz.

Embora as equipes já tenham se enfrentado inúmeras vezes em partidas amistosas, será a primeira vez que Luiz vai encarar o Tigre em um jogo oficial. Normalmente os clubes realilzam jogos-treinos, nos quais escalam equipes reserva.

"Será um confronto importante para as duas equipes e me sinto honrado por ser o primeiro goleiro a entrar para a história desses confrontos", disse o arqueiro, que está próximo de completar nove anos no São Caetano.

Para Luiz, o jogo não representa o início de uma rivalidade entre os clubes. "Ainda não existe, porque o São Bernardo subiu recentemente (no ano passado), será o primeiro jogo entre os times. A rivalidade existe com o Santo André, mas isso também só fica no aspecto das torcidas. No futuro, se o São Bernardo permanecer no Paulistão e os times continuarem a se enfrentar, pode até ser que aconteça uma rivalidade", aponta.

O zagueiro Anderson Marques, que foi comandado por Estevam Soares no Barueri em 2007, evitou criticar o fato de o técnico do Tigre programar treinos secretos às vésperas do confronto. "Na minha época não tinha disso. Mas ele é um cara gente boa. É só um artifício que alguns usam para tentar enganar o adversário, mas depois de uns dez minutos de jogo um já sabe o que o outro quer fazer."

O jogo é decisivo para as duas equipes. O Azulão sonha em chegar às quartas de final e o Tigre luta contra o rebaixamento.

 

 




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