A carta, dirigida ao presidente do Conselho de Segurança da ONU, data de 14 de junho, anterior aos últimos enfrentamentos navais entre Coréia do Norte e Coréia do Sul no Mar Amarelo e a decisao dos Estados Unidos de enviar dois navios de guerra à regiao. ``Enquanto bombardeava a Iugoslávia, Estados Unidos preparava uma segunda guerra de agressao na Coréia', afirma a carta do embaixador Li Hyong Chol.

Desde o armistício de 1953 que deu fim à guerra da Coréia e terminou com a divisao da península, os Estados Unidos mantém uma presença de 37.000 militares posicionados na Coréia do Sul. Esta semana, reforçaram o dispositivo com o envio de dois navios e a preparaçao da decolagem de quatro avioes de vigilância EA-6B. O diplomata norte-coreano denunciou a ``arrogância' de Washington frente à ONU ao longo do conflito com a Iugoslávia.

Por outro lado, a Coréia do Norte estaria aperfeiçoando um míssil intercontinental capaz de alcançar a costa oeste dos Estados Unidos, indicou hoje a agência de notícias japonesa Jiji Press, citando fontes informadas em Washington. Segundo a agência, a Coréia do Norte está aperfeiçoando um míssil ``Taepodong-3', capaz de alcançar objetivos localiados a mais de 8.000 km. Trata-se de um foguete de três fases, cuja propulsao é desenvolvida a partir de um míssil ``Taepodong-1'. Segundo as fontes da Jiji Press, este aparelho foi testado em agosto passado, no Oceano Pacífico, sobrevoando o Japao, o que teria provocado um incidente diplomático. A agência indicou também que um míssil ``Taepodong-2', de um alcance de 4.000 a 6.000 km, poderá ser testado até o final deste ano.

Nesta quarta, outro informe japonês, de fontes governamentais, indicou que a Coréia do Norte estava preparando o teste de lançamento de um míssil balístico em julho ou agosto deste ano.