De acordo com o diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, Mário Bernardini, a taxa que as empresas pagam atualmente é de cerca de 45% (considerando a Selic mais o spread bancário). Isso provoca um impacto médio de 10,3% sobre o custo dos produtos. Em alguns setores, como o açucareiro, entretanto, esse impacto salta para 27,77%.
Para Bernardini, as altas taxas também fazem com que as indústrias brasileiras saiam em desvantagem diante das empresas estrangeiras. "É como colocar dois corredores em uma disputa de 100 metros rasos e dar a um deles uma mochila de 20 quilos. E se ele não ganhar, dizer que não é competitivo", exemplificou.
Um das saídas, segundo ele, seria a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil reduzirem seus spreads bancários cobrados atualmente. "Eles acabariam forçando todo o mercado financeiro a seguir o mesmo exemplo e ainda continuariam ganhando dinheiro", sugeriu.
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