Após desembarcarem no Brasil, ainda durante o período de quarentena, os animais nao pararam mais de se reproduzir. Agora, perfeitamente aclimatados, estao em condiçoes de serem vistos pelo público e eventualmente até de servirem para permuta com outras instituiçoes por espécies inexistentes no zôo paulistano. Com os últimos filhotes nascidos em janeiro já grandinhos, o grupo apresenta uma hierarquia bem determinada, cabendo a um grande macho a defesa da família.

O porco-espinho africano - que apesar do nome nao é porco, mas um roedor - é muito maior que seu parente brasileiro e se caracteriza pelos longos espinhos nas cores branca e preta, que na parte posterior do corpo chegam a medir 40 centímetros.

Distribuiçao - O nome científico da espécie é Hystrix cristata, cujos animais adultos chegam a medir 70 centímetros e pesar 26 quilos. Com um focinho que lembra muito o da capivara, o porco-espinho africano tem larga distribuiçao, sendo encontrado na Africa Central, Oeste e Norte, e também o sul da Itália, onde é raro atualmente.

Noturno, geralmente solitário e tranqüilo, o animal evita confrontos com outros bichos assustando-os com seus espinhos, que ficam arrepiados no dorso e na cauda e batem uns nos outros, produzindo um ruído que lembra vagamente o do guizo da cascavel. A gestaçao nessa espécie dura por volta de oito semanas e as ninhadas variam de dois a quatro filhotes. Eles nascem com os espinhos moles como pêlos para nao ferir a mae, mas com 10 dias essas armas pontiagudas estao endurecidas e já servem de defesa.

Os filhotes sao nutridos pelo leite materno durante três meses, quando entao começam a procurar por conta própria as frutas, raízes e bulbos de que se alimentam, segurando delicadamente com as patas da frente.