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Cinema: menina Coraline no mundo dos olhos de botão
Marcela Munhoz
Do Diário do Grande ABC
08/02/2009 | 07:08
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Antes de reclamar da chatice dos seus pais e desejar que outros novinhos em folha apareçam no lugar deles, cuidado! Os substitutos podem ser verdadeiros monstros e a troca pode ser muito pior. É o que acontece com Coraline (não é Caroline, como ela sempre repete) na animação, do tipo comédia de horror, Coraline e o Mundo Secreto, que estreia na sexta-feira, dia 13 (sinistro, não?)!

O filme, baseado no livro do escritor Neil Gaiman, conta a história de uma menina de cabelos e unhas pintadas de azul, com espírito aventureiro e explorador. Ela se muda para uma nova casa, o Palácio Cor-de-Rosa, e fica de saco cheio por não ter o que fazer lá. Os pais só se preocupam em trabalhar e não dão a mínima atenção à menina, que só ouve: "Vá contar as janelas e não amole."

Tudo muda quando Coraline Jones ganha uma boneca de pano que tem a sua cara. O brinquedo a ajuda a descobrir uma miniporta secreta que a leva a um mundo paralelo, onde tudo é do jeitinho que ela sempre sonhou. A mãe só faz a comida que ela gosta. O pai adora ensinar a menina a cuidar do jardim que tem o formato do rosto dela. O quarto é espetacular, cheio de coisas bacanas, com brinquedos que têm vida.

O único e, diga-se de passagem, assustador inconveniente é que para ficar lá para sempre, a garota é obrigada a costurar botões no lugar dos olhos! Além disso, vai ter de abandonar tudo o que ficou no mundo real, até seus pais de verdade. Será que vale a pena?

SHOW À PARTE - Quem gosta de animação benfeita, divertida e cheia de aventuras, não pode deixar de conferir Coraline e o Mundo Secreto. Além da coragem arrebatadora da menina, os vizinhos completam a trama, cada um do seu jeito estranho. Bobinsk é um superdiferente treinador de ratos saltitantes; já o vizinho adolescente Wybie conquista pelo jeito chato e ao mesmo tempo meigo.

Uma das cenas mais engraçadas é, sem dúvida, quando as atrizes aposentadas gordinhas que moram com schnauzers empalhados - as senhoritas Spink e Miriam - apresentam um espetáculo só de biquíni.

NÃO É A PRIMEIRA VEZ - Outras animações de comédia de horror já fizeram sucesso nos cinemas. Em 1993, Jack chegou metendo medo e arrancando risadas. O Estranho Mundo de Jack fala sobre um ser fantástico que vive na Cidade do Halloween. Um dia, resolve dar uma volta e encontra portais que levam a comemorações nunca antes vistas por ele, como o Natal do bondoso e ‘estranho' Papai Noel.

Em 2005, um casamento sinistro conquistou o público. A Noiva Cadáver, indicada ao Oscar 2006, é inspirada numa lenda russa. Victor está prestes a se casar com Victória, mas no caminho decide descansar e coloca a alinça em um galho. Galho que nada! Era o dedo de uma noiva mortinha da silva.

No ano seguinte, uma casa velha e abandonada ganhou poderes demoníacos, em A Casa Monstro (indicada ao Oscar).

No quesito filme ‘trash-horror-engraçado' não pode faltar O Brinquedo Assassino, com o boneco Chucky. Os primeiros, de 1988 e 1990, até assustaram, mas quem disser que ficou com medo de A Noiva de Chucky (1997) e O Filho de Chucky (2004) só pode estar brincando. É o mesmo que dizer que sente calafrios ao assistir Billy e Mandy, e Coragem, o Cão Covarde, do Cartoon Network.




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