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Estudo aponta galerias como solução para cheias em SP
08/11/2010 | 09:43
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A nova solução que a Prefeitura de São Paulo planeja para acabar com as enchentes na Pompeia, na zona oeste de São Paulo, é a construção de duas galerias pluviais de concreto ao longo dos Córregos Sumaré e Água Preta, cada uma avaliada em R$ 45 milhões. Em agosto, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que o governo desistiu do plano anterior, anunciado em 2008 - a região ganharia dois piscinões, um na Avenida Francisco Matarazzo e outro na Avenida Pompeia.

O levantamento feito nos últimos oito meses pelo Consórcio Maubercon, ao custo de R$ 4,7 milhões, apontou que os piscinões não seriam suficientes para evitar o acúmulo de água na Rua Turiaçu, ao lado do estádio do Palmeiras. O impacto urbanístico e o alto custo para a desapropriação de 14 imóveis e de um posto de gasolina também pesaram na decisão.

O estudo indicou que só uma nova galeria subterrânea poderá reduzir a força das águas do Água Preta, córrego que nasce a 75 metros de altitude, na Vila Madalena, perto da Rua Cerro Corá. Seu trajeto descendente pelo meio da Pompeia e de Perdizes, em canos construídos na década de 1960, faz a água adquirir forte pressão até o início de seu trajeto plano, que começa no cruzamento da Rua Turiaçu com a Avenida Antártica, na Praça Marrey Júnior. As tubulações antigas serão reformadas e vão ficar paralelas às novas.

"Quando chove forte, o córrego chega com tanta pressão no cruzamento que não entra nas bocas de lobo e nas galerias que deveriam colocá-lo em um curso reto até o Rio Tietê. É por isso que a água transborda pelos bueiros e alaga toda a parte de baixo da Pompeia", diz a presidente da Associação Amigos da Vila Pompeia, Maria Antonieta Lima e Silva. Ela apoia parte do novo plano antienchente do governo municipal. "É a primeira conquista em 16 anos de inundações."

A canalização do Córrego Sumaré, que nasce na Praça Abelardo Rocas, perto da Avenida Dr. Arnaldo, e segue um percurso praticamente reto até o Rio Tietê, também foi apontada como necessária no estudo. As duas novas galerias serão mais largas e quadradas, com poder de vazão 40% maior - os canos atuais são redondos e mais estreitos. "A canalização do Sumaré não é necessária. É jogar dinheiro no lixo. Ele não transborda e não conflui com o Água Preta. Tem coisa mais urgente no bairro para ser feita", avalia Maria Antonieta.

Pacote -  A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano confirmou que o estudo da Maubercon apontou as duas galerias como alternativa para o histórico problema das enchentes na Pompeia. Mas nenhuma obra deve ficar pronta antes das chuvas de verão deste ano, conforme havia admitido em outubro o próprio prefeito Gilberto Kassab (DEM).




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