"A decisão, de caráter preventivo, foi tomada pelo distribuidor depois da publicação de um artigo do correspondente do Le Monde em Londres que explicava o caso que afeta a família real britânica e mobiliza a imprensa há dez dias", continuou o correspondente. As acusações de George Smith, um ex-empregado do príncipe, sobre um suposto "incidente" de caráter sexual entre Charles e um de seus funcionários dominam as manchetes do país há vários dias.

O Supremo Tribunal de Londres proibiu à imprensa publicar qualquer informação sobre os boatos a partir de uma ação apresentada por Michael Fawcett, empregado que estaria envolvido na polêmica.

O artigo do Le Monde evocou diversos episódios do caso. O serviço jurídico do Financial Times, que devia garantir nesta terça-feira a distribuição do jornal francês na Grã-Bretanha, considerou que "corria o risco de ser atingido pela ação apresentada por Michael Fawcett e preferiu evitar problemas, impedindo a distribuição do jornal na Grã-Bretanha", explicou uma fonte do Le Monde.

No sábado, uns 15 jornais europeus que falavam sobre o caso, entre eles o francês Le Figaro, o italiano La Stampa e o espanhol El País, não foram distribuídos na Grã-Bretanha.