Para entrar no banco, os ladroes seqüestraram o supervisor da segurança, Alexander Machado Campos, e mantiveram sua família como refém. Nenhum tiro foi disparado durante a açao e ninguém ficou ferido.

Eram 6 horas quando Campos chegou ao banco para trabalhar. Ele já se preparava para entrar no prédio, mas foi chamado para um pedido de informaçao por um senhor de cabelos grisalhos que estava em um carro com outros dois homens. Ao se aproximar do veículo, Campos foi rendido.

Os homens o levaram de volta até sua casa, na Estrada Velha da Pavuna, em Inhaúma, na zona norte, onde algemaram sua mulher e seu filho. Eles voltaram ao banco com Campos e, juntamente com outros homens que os aguardavam, entraram no prédio.

Os assaltantes renderam os seguranças da empresa Sparta e as cerca de 30 pessoas que estavam no prédio. Mandaram todos tirarem as roupas e os trancaram em uma sala no 24º andar do edifício. Os homens foram direto para o sexto andar, onde ficam os cofres particulares, munidos de maçaricos.

Na saída, destruíram a fita do circuito interno de TV, trancaram a porta por fora e levaram a chave. Até às 18 horas deste domingo, os homens do 5º Batalhao de Polícia Militar nao tinham conseguido entrar na sala para que o prejuízo pudesse ser estimado.

Segundo a polícia, os assaltantes nao tentaram entrar no cofre do banco, localizado no subsolo do prédio, porque sabiam que seria praticamente impossível arrombá-lo.

Quando saíram do prédio, os ladroes levaram com eles o chefe-geral da segurança, identificado apenas como Barbosa. Ele foi libertado cerca de uma hora depois, em Parada de Lucas, na zona norte. A família de Campos foi libertada à tarde pela polícia. De acordo com policiais, a açao foi planejada há seis meses.

Um assalto semelhante ocorreu há um ano em um prédio da Sul América Seguros, no centro do Rio, em um sábado. Para entrar no prédio, um grupo de 20 homens armados seqüestrou o tesoureiro Carlos Higino em casa. A polícia chegou a prender cinco suspeitos e recuperou US$ 55 mil e R$ 4,8 mil.